Reconhecido pela Organização Mundial de Saúde em 2016, o linfoma anaplásico de
grandes células associado ao implante mamário (BIA-ALCL) é um subtipo incomum de
linfoma não Hodgkin de células T, que se desenvolve após a inserção de próteses
mamárias. A doença é uma afecção rara que afeta cerca de uma a cada 30.000
pessoas com implante mamário texturizado. As principais manifestações clínicas
são o seroma tardio, assimetria mamária, massa e contratura capsular, com
frequência mais elevada do primeiro. O explante da prótese com capsulectomia
total pode ser suficiente para tratar o ALCL, com ressecções estendidas a locais
adjacentes, quando necessário. Entretanto, em alguns casos, é realizada a
radioterapia e/ou quimioterapia adjuvante. Conclui-se que, para um diagnóstico
precoce e um tratamento efetivo, mulheres com seroma de aparecimento súbito e
tardio deverão realizar exames complementares para a exclusão dessa afecção,
mesmo com tempo inferior à média de desenvolvimento, que é de cerca de 10,6
anos.
Descritores:
Linfoma anaplásico de células grandes - Tomografia por emissão de pósitrons - Linfoma
não Hodgkin - Seroma - Implante mamário
Bibliographical Record
ANTÔNIO DE PÁDUA PEPPE NETO, ANDRE LUIZ MONTEIRO DOS SANTOS MARINS, MARIA JÚLIA FRITZEN
DAGOSTIN, MARIA JÚLIA CARDOSO FABRIS, BÁRBARA RODRIGUES DE SOUSA STAHL, MARCUS VINÍCIUS
MOURÃO MAFRA. Linfoma anaplásico de grandes células T associado ao uso de implantes
(BIA-ALCL): relato de caso. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) – Brazilian
Journal of Plastic Surgery 2024; 39: 217712352024rbcp0904pt.
DOI: 10.5935/2177-1235.2024RBCP0904-PT