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CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2022; 57(06): 924-929
DOI: 10.1055/s-0041-1736526
Artigo Original
Mão

Prevalência de dor neuropática em pacientes com fratura da extremidade distal do rádio tratada com placa volar bloqueada

Article in several languages: português | English
Helbert Luiz Nomura da Silva
1   Médico Ex-residente do Grupo de Cirurgia da Mão e Microcirurgia, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
2   Médico Residente de Ortopedia e Traumatologia do Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
Thiago Barros Pinheiro
2   Médico Residente de Ortopedia e Traumatologia do Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
Yussef Ali Abdouni
3   Médico Assistente do Grupo de Cirurgia da Mão e Microcirurgia, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Resumo

Objetivo Avaliar a prevalência de dor persistente no pós-operatório de fratura da extremidade distal do rádio, assim como detectar precocemente sinais de dor neuropática com o intuito de desenvolver protocolos de prevenção da dor crônica pós-operatória.

Métodos Estudo prospectivo, realizado com 56 pacientes submetidos a redução aberta e fixação interna de fratura da extremidade distal do rádio com placa volar bloqueada no período de março a setembro de 2020. Os pacientes foram submetidos a avaliação de dor neuropática e capacidade funcional através dos questionários Douleur Neuropathique 4 questionnaire (DN4) e Quick Disabilities of the Arm, Shoulder, and Hand (Quick-DASH, na sigla em inglês). As variáveis qualitativas foram comparadas pelo teste de Mann-Whitney e sua correlação foi analisada pelos testes de correlação de Spearman e de Igualdade de Duas Proporções.

Resultados Foram incluídos no presente estudo 43 pacientes, com idades entre 18 e 66 anos; 39,5% dos participantes apresentaram pontuação ≥ 4 no questionário Douleur neuropathique 4 questionnaire (DN4). Em relação ao Quick-DASH, a média foi de 38,6. Não houve diferença estatística significante entre o sexo do paciente e o valor do DN4 (p = 0,921). Também não foi encontrada correlação estatística entre as variáveis quantitativas DN4 e Quick-DASH (p = 0,061).

Conclusões A prevalência de dor neuropática nos pacientes pós-operatórios analisados foi significativa e a presença de sinais e sintomas de dor neuropática foi fator preditivo positivo para a persistência da dor além de 2 meses em 100% dos casos. Assim, com diagnóstico precoce do componente neuropático de dor, associado ao componente nociceptivo, é possível obter o controle adequado da dor, impedindo sua cronificação e garantindo uma melhor reabilitação.

Suporte Financeiro

Não houve suporte financeiro de fontes públicas, comerciais, ou sem fins lucrativos.


Trabalho desenvolvido no Grupo de Cirurgia da Mão e Microcirurgia do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, “Pavilhão Fernandinho Simonsen” (DOT – FCMSCSP) (Diretora: Professora Doutora Maria Fernanada Silber Caffaro), São Paulo, SP, Brasil.




Publication History

Received: 04 April 2021

Accepted: 15 June 2021

Article published online:
21 January 2022

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