Resumo
Objetivo Avaliar a concordância interobservador de duas classificações para joelho flutuante:
Fraser e Blake & Mcbryde.
Método Trinta e dois observadores, subdivididos de acordo com o grau de titulação (26 médicos
residentes e seis médicos ortopedistas especialistas em trauma ortopédico) classificaram
15 fraturas de fêmur e tíbia ipsilaterais. A concordância interobservador foi avaliada
pelo coeficiente Kappa.
Resultado Ao avaliar a concordância entre os 9 R1, obteve-se índice Kappa para classificação
de Fraser de 0,58 e para a classificação de Blake & McBryde de 0,46. Entre os 7 R2,
obteve-se índice de 0,59 para a classificação de Fraser e 0,51 para a classificação
de Blake & McBryde. Entre os 10 R3, o índice de concordância foi maior para as duas
classificações: 0,72 para a classificação de Fraser e 0,71 para a de Blake & McBryde.
Considerando os 3 grupos (R1, R2, R3) como um só grande grupo, calculou-se o índice
Kappa geral, que teve como resultado 0,63 para a classificação de Fraser e 0,56 para
a classificação de Blake & McBryde. No grupo dos traumato-ortopedistas especialistas
em joelho, por sua vez, obteve-se uma concordância para a classificação de Blake e
McBryde de 0,597 e para a de Fraser de 0,843.
Conclusão Comparativamente, as duas classificações apresentaram grau de concordância fraco
a moderado. A classificação de Fraser teve melhor concordância em ambos os grupos.
A concordância foi maior quando se avaliou médicos ortopedistas especialistas em trauma
ortopédico.
Palavras-chave
fraturas da tíbia/classificação - estudos de validação - avaliação