CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673098
E-Poster – Trauma
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Uso de dreno subgaleal × não uso em craniostomia para drenagem de hematoma subdural

Tácito Tscherbakowski Nunes de Guimarães Mourão
1   Hospital Metropolitano Odilon Behrens
,
Audrey Beatriz Santos Araújo
1   Hospital Metropolitano Odilon Behrens
,
Felipe Augusto Fernandes Martins
1   Hospital Metropolitano Odilon Behrens
,
Marciléa Silva Santos
1   Hospital Metropolitano Odilon Behrens
,
Raphael Boaventura Diniz
1   Hospital Metropolitano Odilon Behrens
,
Rafael Vitor Silva Gaioso dos Santos
1   Hospital Metropolitano Odilon Behrens
,
Bernardo Aramuni Mariano
1   Hospital Metropolitano Odilon Behrens
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Hematoma subdural crônico, uma doença comum que afeta principalmente os idosos, está associada com morbidade e mortalidade substanciais. Sua incidência é de cerca de cinco por 100 000 por ano na população em geral, mas é maior para aqueles com 70 anos ou mais (58 por 100 000 por ano). O tratamento para esta doença é geralmente evacuação cirúrgica, geralmente resultando em grande melhora na condição neurológica. A craniostomia por furo de trépano, uma evacuação através de um ou dois buracos perfurados sobre o local do hematoma, é a técnica cirúrgica mais popular do mundo. A taxa de recorrência após o intervalo de procedimento de drenagem inicial é de cerca de 5% a 30%.

Objetivo: Avaliar a taxa de recorrência de hematomas subdurais crônicos, comparando dois grupos, de acordo com o uso ou não de dreno subgaleal no pós-operatório imediato.

Material e método: Realizada análise retrospectiva dos prontuários de pacientes submetidos à cirurgia para drenagem de hematoma subdural crônico, no período de 2013 a 2017. Obtidos dados gerais, como nome, registro, sexo, idade, data do procedimento, complicações, necessidade de reabordagem cirúrgica, uso de dreno subgaleal.

Resultados: Identificamos 270 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico para hematoma subdural. A idade variou de 12 a 95 anos, com média de 68 anos. Quanto ao gênero, 30% eram mulheres e 70% homens. A proporção de uso de dreno foi de 57% com dreno subgaleal e 43% sem dreno. O índice de recidivas foi de 6%, sendo menor que 2% em pacientes com dreno e 12% nos pacientes que não usaram dreno.

Conclusão: O uso de dreno subgaleal foi eficaz na prevenção de recidivas. Não houve nenhuma complicação causada diretamente pelo uso de dreno subgaleal.