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DOI: 10.1055/s-0044-1796695
EXPRESSÃO GÊNICA DE LATS1/2 E AURORA QUINASENOVAS PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS DA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA
Introdução: A leucemia mielóide crônica (LMC) é uma neoplasia mieloproliferativa resultante da expansão clonal da célula-tronco hematopoiética BCR-ABL+ e está associada ao oncogene BCR-ABL1 que codifica a proteína Bcr-Abl com atividade de tirosina-quinase com potencial mitogênico e resistência a apoptose das células leucêmicas. O tratamento da LMC é realizado pelos inibidores de tirosina quinase (TKI) que induzem remissão citogenética. O estudo avaliou a expressão dos genes da via Hippo: LATS1, LATS2, YAP, TAZ e genes Aurora A e B no sangue periférico de 63 pacientes adultos, com média de idade de 44 anos, 87,3% da raça branca e 57,1% do sexo masculino, nas fases crônica, acelerada e blástica da LMC, sensíveis ou resistentes ao imatinibe e em indivíduos sadios, além da correlação ao Índice prognóstico de Sokal através de prontuário médico. Os pacientes foram oriundos do HCFMRP-USP.57,1% dos pacientes utilizavam imatinibe e os demais dasatinibe ou nilotinibe. As células mononucleares dos pacientes foram separadas pelo método Ficoll-Hypaque®, a extração de RNA pelo método Trizol® e síntese de cDNA por meio do kit High Capacity cDNA reverse transcription®. A quantificação gênica foi obtida por PCR-real time com sondas TaqMan. A análise estatística foi realizada por meio do software GraphPad Prism 5.0. Os resultados obtidos sugerem atuação da cascata de sinalização da via Hippo na LMC. LATS1 mostrou-se mais expressa na fase crônica da LMC (FC × Ctrl: 417.8 × 16.8) e no grupo resistente ao imatinibe (R × Ctrl: 261.8.7 × 99.7), assim como AUKB maior expressão nos pacientes em fase avançada (FA × Ctrl: 28.4 × 11.6 URE). Já AURKA maior expressão em ambas as fases e resistência/sensibilidade ao imatinibe (mediana FC × Ctrl: 40.4 × 13.2; FA × Ctrl: 59.3 × 13; R × Ctrl: 65.9 × 13.1; S × Ctrl: 40.3 × 12.9 URE). O gene TAZ não apresentou superexpressão nos grupos estudados o que indica bom prognóstico aos pacientes em tratamento. LATS2, tanto na análise de fase da doença quanto na resistência/sensibilidade ao imatinibe, apresentou superexpressão em relação ao grupo controle (mediana FC × Ctrl: 417.8 × 16.8; FA × Ctrl: 358.4 × 16.6; R × Ctrl: 395.9 × 16.56; S × Ctrl: 173.7 × 110.8 URE). Não houve correlação estatística entre a expressão dos genes da via Hippo e o Índice de Sokal. O estudo traz novas perspectivas no tratamento, de maneira a relacionar vias de sinalização celular e reguladores de ciclo celular na LMC, visando o desenvolvimento de novos marcadores e/ou fármacos seletivos.
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10 July 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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