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DOI: 10.1055/s-0044-1781291
MANIFESTAÇÕES EXTRAINTESTINAIS COMO DIAGNÓSTICO PRECOCE DE DOENÇA DE CROHN: UM RELATO DE CASO
bruna.ogs@outlook.com
Relato do Caso Em 2021, uma paciente do sexo feminino, de 32 anos iniciou quadro de dor evacuatória e constipação; na consulta, estabeleceu-se o diagnóstico de doença hemorroidária e fissura anal anterior, e a paciente foi submetida a hemorroidectomia e esfincterectomia lateral esquerda. No pós-operatório recente, evoluiu com coleção localizada na região do assoalho pélvico paravaginal de origem acima da linha pectínea, sem comunicação com a vagina. Foram realizadas abordagens do trajeto fistuloso com colocação de sedenho e drenagem de abscesso com cicatrização completa após 3 meses. Em 2022, iniciou quadro de eritema nodoso e úlceras aftosas orais (manifestações extra intestinais, MEIs) associado a diarreia mucossanguinolenta, perda ponderal e anemia ferropriva. Na colonoscopia, foi diagnosticada com doença de Crohn (DC) de perfil fistuloso, com doença ativa no reto.
Discussão O manejo do paciente com DC fistulizante pode ser um desafio. Estudos prévios demonstram que as fístulas perianais são as mais comuns quando a doença está localizada no reto. O tratamento da maioria das condições dermatológicas associadas a doença inflamatória intestinal (DII) é empírico, incluindo imunossupressores tópicos e sistêmicos, imunomoduladores e agentes biológicos. Muitos desses distúrbios melhoram ou se resolvem com o controle da atividade da doença. O atraso diagnóstico pode perpetuar com processo inflamatório crônico, e está associado a um maior risco de complicações, como fístulas, abcessos e cirurgia de emergência. Na presença de fistula anal complexa, eritema nodoso, diarreia com muco e sangue, deve-se pensar em DII como diagnóstico diferencial. A terapia anti-TNF-α representou um grande marco na história das DIIs graves e não responsivas às terapias convencionais. Apesar da remissão clínica sustentada, cerca de 75% dos pacientes com DC ainda assim necessitarão de intervenção cirúrgica em até 20 anos do início dos sintomas.
Comentários Finais Conclui-se que as DIIs com MEIs requerem manejo rigoroso e sincronizado da equipe multidisciplinar para a otimização do tratamento dos pacientes com DC. Destaca-se, sobretudo, a extrema importância do diagnóstico precoce e do raciocínio clínico na DC com apresentação das MEIs precedendo o quadro.
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Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
27. Februar 2024
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