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DOI: 10.1055/s-0044-1780997
DILEMA CIRÚRGICO NA DOENÇA DIVERTICULAR
sagae@gastro.com.br
Introdução Doença diverticular surge a partir da meia-idade em ambos os sexos, e acomete 40% da população na faixa etária dos 70 anos. Desses pacientes, 20% evoluem com diverticulites não complicadas, e 2% a 4%, com diverticulite complicada pela classificação de Hinchey, sendo que, naquelas nos estádio III e IV, a cirurgia de emergência torna-se impositiva. Em casos de estádios I e II de Hinchey e crise de diverticulites não complicadas, existe um dilema entre persistir no tratamento clínico ou propor cirurgia devido à evolução incerta ao longo da vida.
Objetivo Diverticulites agudas não complicadas baseadas em números de crises, complicadas, em estádios I e II de Hinchey, submetidas a tratamento conservador, podem evoluir com novas diverticulites, dor crônica, subestenose, pseudotumor, fístulas e alteração funcionais, e não existe seguimento robusto superior a 10 anos que aponte o melhor caminho entre o seguimento clínico ou a cirurgia. A proposta é oferecer cirurgia com conceitos atuais de menor trauma, preservação de estruturas sadias, reconstituição da anatomia de maneira segura, sistematizada, recuperação acelerada, menores complicações e melhora da qualidade de vida.
Materiais e Métodos Nos últimos 10 anos, 147 pacientes foram operados com a aplicação de conceitos de preservação de órgãos, tecidos saudáveis e reconstituição anatômica na abordagem da doença diverticular eletiva e emergencial nos estádios I e II de Hinchey, por cirurgia minimamente invasiva, de maneira sistematizada, com preservação de estruturas como artéria, nervos, peritônio, mesocólon e reconstituição com sobressutura da anastomose e periodização de áreas cruentas.
Resultados Os autores apresentam promissores resultados com cirurgia sistematizada por técnica minimamente invasiva em 147 pacientes, operados por um período de 10 anos por videolaparoscopia, sem mortalidade, sem fístulas, somente 1 abscesso pélvico, 3 estenoses de anastomoses, 2 sangramentos anais importantes, 1 hemoperitoneo reoperado, 1 com necessidade de transfusão sanguínea, retenção urinária em 3 idosos do sexo masculino, drenagem seletiva, tempo cirúrgico de 2 horas e 20 minutos, e alta precoce na média de 2,5 dias. Comparativamente com a literatura, houve melhora na avaliação das complicações e da qualidade de vida nestes pacientes boderline, com aplicação desta modalidade cirúrgica.
Conclusão O tratamento foi definitivo, com cirurgia factível, seguro, replicável em serviços estruturados, com baixo índice de complicações e melhora da qualidade de vida. Estudos prospectivos podem confirmar esses benefícios.
Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
27. Februar 2024
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