CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2023; 43(S 01): S1-S270
DOI: 10.1055/s-0044-1780977
Modalidade de apresentação: Pôster Eletrônico
Câncer do Cólon/Reto/Ânus

CARACTERIZAÇÃO DA MORFOLOGIA DE NEUTRÓFILOS EM PACIENTES COM CÂNCER COLORRETAL E SUA PARTICIPAÇÃO NA MALIGNIDADE TUMORAL

Daniel Azambuja
1   Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
,
Venorica Toniazzo Brunetto
,
Bruna Oliveira Trindade
,
Gabriela Gonçalves Roliano
,
Andréia Cardoso
,
Elizandra Braganhol
,
Fares Hamaoui
› Institutsangaben
 
 

    azambujadb@gmail.com

    Introdução O câncer colorretal (CCR) apresenta um microambiente tumoral complexo, composto não apenas por células tumorais, como também por diversos tipos celulares e componentes extracelulares, incluindo neutrófilos. Estudos indicam que as células tumorais podem influenciar os neutrófilos, ao promover o crescimento do tumor.

    Objetivo Avaliar a morfologia dos neutrófilos isolados do sangue periférico de pacientes com câncer colorretal e compará-los com a de indivíduos saudáveis.

    Materiais e Métodos Foram selecionados três pacientes diagnosticados com CCR, pareados por sexo e idade com indivíduos saudáveis. Amostras de sangue foram coletadas e submetidas a um protocolo de isolamento de neutrófilos, que separa as diferentes células sanguíneas pela diferença de densidade.

    Resultados A análise microscópica dos neutrófilos revelou uma notável heterogeneidade, especialmente no que diz respeito aos núcleos, com variações no número de segmentações e irregularidades. Além disso, a área total dos neutrófilos apresentou variações. Em média, os neutrófilos de pacientes com CCR mostraram uma área de 7.220 pixels², o que representa um aumento de 85% em relação à área total das células dos indivíduos saudáveis. A área nuclear correspondeu, em média, a 63,7% e 70,1% da área total dos neutrófilos de pacientes e indivíduos saudáveis, respectivamente.

    Conclusão Os três pacientes com CCR apresentaram uma intensa ativação celular, evidenciada pelo aumento de tamanho e complexidade dos neutrófilos em comparação com os neutrófilos dos indivíduos saudáveis. A variação observada na área celular e segmentação indica a presença de diferentes fenótipos celulares na circulação de pacientes com CCR. Esses resultados sugerem que as células tumorais do CCR podem induzir a ativação dos neutrófilos, e que a modulação dessas células pelos tumores pode estar relacionada à possível maior liberação da citocina IL-10. Essas descobertas podem fornecer insights importantes para a compreensão do papel dos neutrófilos no CCR e abrir caminho para investigações futuras que visem abordagens terapêuticas específicas.


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    Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.

    Publikationsverlauf

    Artikel online veröffentlicht:
    27. Februar 2024

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