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CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2023; 43(S 01): S1-S270
DOI: 10.1055/s-0044-1780816
Modalidade de apresentação: Vídeo
Câncer do Cólon/Reto/Ânus

RETOSSIGMOIDECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA PARA CÂNCER COLORRETAL EM GESTANTE NO SEGUNDO TRIMESTRE

Authors

  • Rafaela de Souza Novo

    1   Hospital Israelita Albert Einstein.
  • Francisco Tustumi

  • Elis Oliveira

  • Lucas Soares Gerbasi

  • Rafael Vaz Pandini

  • Marleny Novaes Figueiredo de Araujo

  • Victor Edmond Seid

  • Sergio Eduardo Alonso Araujo

 
 

novo.rafaela@gmail.com

Sabe-se que o câncer colorretal é a segunda causa de morte por câncer no mundo, e é habitualmente diagnosticado em paciente idosos; porém tem uma incidência em pacientes cada vez mais jovens, de modo que pode acometer mulher em idade fértil. Neste trabalho, expõe-se um vídeo de paciente gestante, de 32 anos, diagnosticada com tumor de sigmoide na décima primeira semana de gestação por quadro de hematoquezia recorrente. Feito o estadiamento inicial por ressonância magnética, evidenciou-se espessamento do sigmoide compatível com neoplasia primaria, CEA de 1,18, sem lesões metastáticas à distância. Houve avaliação conjunta da equipe de obstetrícia durante o estadiamento com segurança para o feto, avaliado por ultrassom morfológico, sem anormalidades fetais. A equipe multidisciplicar optou por cirurgia (retossigmoidectomia videolaparoscópica) na 14ª semana de gestação. No video, é possível observar dificuldade mínima no andar superior do abdome, com selagem segura da veia mesentérica inferior na sua origem e fácil liberação do ângulo esplênico. No entanto, houve clara dificuldade imposta pelo útero gravídico na exposição das estruturas anatômicas na pelve, com evidente dificuldade de posicionamento do intestino delgado e identificação do promontório para individualização da artéria retal superior e da artéria mesentérica inferior. Porém, com a abordagem padronizada da equipe, foi possível identificar corretamente essas estruturas e selar na origem para a realização da linfadenectomia oncológica adequada, com anatomopatológico pT2 pN1b, seguida de adjuvância com FOLFOX por 3 meses (3 ciclos). A paciente teve parto por via cesárea, com feto nascido vivo com 3,215 kg, e Apgar 9 e 10. Atualmente está em seguimento oncológico, sem sinais de recidiva da doença.

Conclusão O câncer colorretal esporádico ocorre em geral após a sexta década de vida, mas, segundo estudos da literatura médica, nas últimas décadas observou-se o aumento da incidência em pacientes jovens, o que inclusive alterou, nos Estados Unidos, a faixa de idade para rastreamento, que passou a ser a partir dos 45 anos. Assim, deve haver vigilância ativa dos sinais e dos sintomas de alerta em pacientes jovens e suspeita diagnóstica em casos reservados.


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Article published online:
27 February 2024

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