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DOI: 10.1055/s-0043-1764833
EXPLOSÃO DE SIGMOIDE DURANTE HEMOSTASIA DE PROCTITE ACTÍNICA COM ARGÔNIO
Apresentação do caso UM homem de 82 anos, hipertenso e diabético controlado, obeso leve (IMC de 33,5 Kg/m2), realizou radioterapia para neoplasia de próstata, e complementou o tratamento com uso atual de hormonioterapia. Após dez meses do final da radioterapia, ele procurou o serviço para o tratamento de hematoquezia, com diagnóstico de retite actínica. Na ocasião, o exame endoscópico mostrava úlcera retal e retite actínica. Foi indicado tratamento endoscópico para hemostasia com argônio após mais 3 a 4 meses, quando houve diminuição significativa da úlcera actínica. Foram realizadas 2 sessões de hemostasia endoscópica com argônio, com melhora importante do sangramento, e com intervalo de cerca de 90 dias cada. Na terceira sessão, com equipamento ajustado com fluxo de 3,5 L/minuto e 80% de potência, houve, logo no início do procedimento, um ruído surdo, sugestivo de explosão do cólon sigmoide, que foi confirmada com visualização direta. O paciente foi encaminhado para cirurgia de emergência; foi realizada ressecção com colostomia (Ccrurgia de Hartmann) e, após vários dias de internação, ele recebeu alta. O paciente aguarda uma oportunidade para ser submetda à reconstrução do trânsito intestinal.
Discussão Energias eletrocirúgicas são amplamente utilizadas em todo o mundo em colonoscopia terapêutica. Em 1992, a coagulação com plasma de argônio foi introduzida na colonoscopia. Ela permite, sem contato direto, que uma corrente monopolar, por meio de um gás de argônio, gere efeito de coagulação sobre os tecidos. Atualmente, é amplamente utilizada para o tratamento hemostático endoscópico de diversas patologias. A explosão colônica é uma complicação potencialmente grave, fatal e, felizmente, rara do uso do eletrocautério durante a colonoscopia. Está relacionada à combinação de gases combustíveis (nitrogênio, metano e hidrogênio) com comburente (oxigênio) e uma fonte de calor (energia monopolar) durante procedimentos terapêuticos. A principal causa está no acúmulo desses gases durante a má preparação do cólon. O preparo adequado com laxativos diminui o risco dessa complicação. Apesar de a explosão do cólon ser rara, vários eventos podem ser responsáveis por seu acontecimento, incluindo preparações orais que favoreçam a fermentação, e enemas para limpeza retrógrada, sem o preparo oral. Trata-se de relato de uma complicação rara ocorrida em procedimento relativamente frequente, e que deve ser lembrada para que se possam usar todos os meios para evitá-la.
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Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
16. März 2023
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