CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2022; 42(S 01): S1-S219
DOI: 10.1055/s-0043-1764527
Câncer do Cólon/Reto/Ânus
ID – 114377
Apresentação Oral

INCIDÊNCIA DE FÍSTULA INTESTINAL EM PACIENTES SUBMETIDOS A RECONSTRUÇÃO DE TRÂNSITO PÓS-TRATAMENTO CIRÚRGICO DE CÂNCER COLORRETAL

Philipe Franco do Amaral Tafner
1   Hospital Heliópolis
,
Franco Milan Sapuppo
1   Hospital Heliópolis
,
Catharina Ferrari Salgado Fernandes
1   Hospital Heliópolis
,
Carolina Souza Gasparetti
1   Hospital Heliópolis
,
Kauana Breda
1   Hospital Heliópolis
,
Douglas Yuji Saito
1   Hospital Heliópolis
,
Bernardo Fontel Pompeu
1   Hospital Heliópolis
,
Luis Fernando Paes Leme
1   Hospital Heliópolis
› Author Affiliations
 
 

    Introdução Nas neoplasias de colorretais localmente avançadas, a necessidade de ostomia pode ocorrer após a confecção de anastomose de risco, após o tratamento neoadjuvante, ou por dificuldades técnicas e clínicas no intraoperatório. Nesta situação, realiza-se a ileostomia de proteção para preservar a integridade da anastomose.

    Objetivo Avaliar a incidência de fistulas entéricas após fechamento das enterostomias e reconstruções de trânsito em pacientes com câncer de colorretal.

    Materiais e Métodos Realizou-se um estudo retrospectivo, com avaliação dos prontuários eletrônicos dos pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal, CID-10: C18, C20 e C19, tratados de janeiro de 2019 a março de 2021, submetidos a cirurgia de reconstrução de trânsito ou de fechamento de enterostomia. Pacientes submetidos a amputação abdominoperineal do reto e com dados incompletos no prontuário eletrônico foram excluídos. Foram consideradas apenas as complicações conforme a classificação de Clavien-Dindo III-V no período de 30 dias após a cirurgia. Os dados foram anotados em planilha do Excel e posteriormente analisados.

    Resultados Da análise de 135 pacientes, identificamos 30 (23%) submetidos a ostomias, 17 (56%), a tratamento neoadjuvante para câncer de reto, e 13 (43%), a cirurgia up-front para câncer de colorretal. Foram realizadas 24 ileostomias em alça, 4 colostomias à Hartmann, 1 ileostomia terminal, e 1 sigmoidostomia em alça. A maioria dos pacientes eram homens (55%), com média idade de 61±12 anos. Dos 30 pacientes ostomizados, 14 foram submetidos a fechamento/reconstrução de trânsito intestinal. Fechamento de enterostomia com anastomose mecânica à Barcelona foi realizado em 12 (40%) casos, e 2 pacientes (6%) foram submetidos a reconstrução de trânsito intestinal, ambos com anastomose mecânica, isoperistáltica. A média de internação hospitalar foi de dez dias. Apenas 1 caso (fechamento de ileostomia) evoluiu com fístula entérica (7%).

    Conclusão No presente estudo, nas reconstruções de trânsito e fechamento de enterostomias, a incidência de fístula intestinal foi de 7%.


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    Publication History

    Article published online:
    16 March 2023

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