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DOI: 10.1055/s-0043-1764527
INCIDÊNCIA DE FÍSTULA INTESTINAL EM PACIENTES SUBMETIDOS A RECONSTRUÇÃO DE TRÂNSITO PÓS-TRATAMENTO CIRÚRGICO DE CÂNCER COLORRETAL
Introdução Nas neoplasias de colorretais localmente avançadas, a necessidade de ostomia pode ocorrer após a confecção de anastomose de risco, após o tratamento neoadjuvante, ou por dificuldades técnicas e clínicas no intraoperatório. Nesta situação, realiza-se a ileostomia de proteção para preservar a integridade da anastomose.
Objetivo Avaliar a incidência de fistulas entéricas após fechamento das enterostomias e reconstruções de trânsito em pacientes com câncer de colorretal.
Materiais e Métodos Realizou-se um estudo retrospectivo, com avaliação dos prontuários eletrônicos dos pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal, CID-10: C18, C20 e C19, tratados de janeiro de 2019 a março de 2021, submetidos a cirurgia de reconstrução de trânsito ou de fechamento de enterostomia. Pacientes submetidos a amputação abdominoperineal do reto e com dados incompletos no prontuário eletrônico foram excluídos. Foram consideradas apenas as complicações conforme a classificação de Clavien-Dindo III-V no período de 30 dias após a cirurgia. Os dados foram anotados em planilha do Excel e posteriormente analisados.
Resultados Da análise de 135 pacientes, identificamos 30 (23%) submetidos a ostomias, 17 (56%), a tratamento neoadjuvante para câncer de reto, e 13 (43%), a cirurgia up-front para câncer de colorretal. Foram realizadas 24 ileostomias em alça, 4 colostomias à Hartmann, 1 ileostomia terminal, e 1 sigmoidostomia em alça. A maioria dos pacientes eram homens (55%), com média idade de 61±12 anos. Dos 30 pacientes ostomizados, 14 foram submetidos a fechamento/reconstrução de trânsito intestinal. Fechamento de enterostomia com anastomose mecânica à Barcelona foi realizado em 12 (40%) casos, e 2 pacientes (6%) foram submetidos a reconstrução de trânsito intestinal, ambos com anastomose mecânica, isoperistáltica. A média de internação hospitalar foi de dez dias. Apenas 1 caso (fechamento de ileostomia) evoluiu com fístula entérica (7%).
Conclusão No presente estudo, nas reconstruções de trânsito e fechamento de enterostomias, a incidência de fístula intestinal foi de 7%.
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No conflict of interest has been declared by the author(s).
Publication History
Article published online:
16 March 2023
© 2023. Sociedade Brasileira de Coloproctologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
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