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DOI: 10.1055/s-0041-1741929
Análise das Complicações do Fechamento das Ileostomias de Proteção nas Anastomoses Intestinais
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Área: MISCELÂNEA
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Data: 02/09/2021
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Horário: 13:30 às 15:00
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Sala: Sala 02
Forma de Apresentação: tema livre
Objetivo Ileostomia de proteção geralmente é realizada para proteger uma anastomose intestinal de risco, diminuindo as complicações decorrentes de uma deiscência de sutura. O seu fechamento, apesar de ser relativamente simples, pode carrear significativa morbidade. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar o perfil dos pacientes submetidos a fechamento de ileostomias de proteção, assim como as complicações decorrentes do procedimento.
Método Estudo retrospectivo, por meio da análise de prontuários médicos, dos doentes operados entre janeiro de 2014 e dezembro de 2019. Foram analisados dados demográficos e os antecedentes pessoais, a doença de base e a cirurgia realizada, o tempo entre a confecção e o fechamento do estoma, além das complicações decorrentes do fechamento.
Resultados No período, foram realizadas 97 cirurgias de fechamento de ileostomias de proteção, sendo 58,8% homens, com média de idade 54,5 (17-80) anos e 89,7% da raça branca; 40,2% eram tabagistas e 25,8%, etilistas. A comorbidade mais prevalente foi doença cardiovascular (47,4%), vindo a seguir, diabetes melito (16,5%). As principais doenças de base foram: câncer colorretal (77,3%), polipose adenomatosa familiar (13,4%) e doença de Crohn (4,1%). E as cirurgias mais realizadas: retossigmoidectomias com anastomose colorretal (47,4%), retossigmoidectomia com anastomose coloanal (25,8%) e retocolectomia total com anastomose ileoanal (14,5%). Os fechamentos dos estomas ocorreram mais comumente entre seis meses e um ano da cirurgia inicial (41,2%) e a duração do procedimento cirúrgico predominou entre 60 e 120 minutos (75,3%). A maioria das cirurgias foi por abordagem local do estoma, sem laparotomia mediana (95,8%), com fechamento primário e sem enterectomia (58,8%), e sutura manual (88,6%). As principais complicações observadas na cirurgia foram: infecção da ferida operatória, íleo prolongado e hérnia incisional, respectivamente com 10,3%, 8,2% e 8,2%. Além disso, foi observada uma deiscência de anastomose, um abscesso pélvico e uma obstrução intestinal.
Conclusões No estudo, houve um predomínio de pacientes portadores de câncer colorretal, homens, com comorbidades. Maioria dos fechamentos foi realizada por abordagem local, com sutura primária, manual, apresentando relativa morbidade, porém com baixos índices de complicações graves como deiscência e fístula anastomótica.
No conflict of interest has been declared by the author(s).
Publication History
Article published online:
04 January 2022
© 2022. Sociedade Brasileira de Coloproctologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
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