RSS-Feed abonnieren

DOI: 10.1055/s-0041-1741587
Perineurioma Retal: Relato de Caso
Autoren
-
Área: CÂNCER COLORRETAL
Forma de Apresentação: e-Pôster
Introdução: Os perineuriomas são neoplasias benignas raras da bainha dos nervos periféricos e recentemente descritos no trato gastrointestinal com aproximadamente 150 casos relatados ¹. Descrito pela primeira vez no trato gastrointestinal em 2004 como pólipo fibroblástico benigno. Em 2010, foi descrita a expressão de marcadores imunohistoquímicos perineurais em casos previamente relatados como pólipos fibroblásticos. Atualmente, os dois termos são usados indistintamente por muitos patologistas. São em sua maioria assintomáticos, muitas vezes passam despercebidos na colonoscopia, devido seu tamanho ou até mesmo não identificado à microscopia. Dessa forma, destacamos o quadro clínico e anatomopatológico do perineurioma retal e a importância para possibilidade diagnóstica em pólipos colorretais. Além disso, sua divulgação permite inclusive que o patologista se atente para esta possibilidade diagnóstica.
Relato de Caso: PSG, masculino, 54 anos, branco, hipertenso, em seguimento colonoscópio devido pólipo adenomatoso com displasia de baixo grau em cólon transverso. Apresentou em colonoscopia pólipo em sigmoide, de aproximadamente 5mm, séssil, ressecado totalmente com pinça de biópsia. A microscopia mostrou proliferação de células fusiformes sem atipias, com características fibroblásticas, circunscrita e situada na lâmina própria da mucosa. O estudo imunohistoquímico confirmou a impressão morfológica (CD 34 e proteína S100 positivos, diagnosticado como perineurioma retal. Paciente foi orientado pela benignidade diagnóstica e seguimento colonoscópico em três anos.
Discussão: O perineurinoma são descritos em qualquer idade, porém são mais frequentes em adultos jovens, com leve prevalência no sexo feminino (F:M= 1,3). A maioria dos casos descritos (69%) são diagnosticados em colonoscopia de rastreio, 13% deles em pacientes com sangue oculto positivo, 7% com algum sintoma intestinal e 4% com câncer colorretal prévio, entretanto não foi descrito isoladamente causando nenhuma dessas condições. Cerca de 90% localizavam-se no colón distal, geralmente após a flexura esplênica. São solitários e pequenos (< 6mm) e associados a outros pólipos em 55% dos casos. Benignos, com risco malignidade considerado semelhante ao de pólipos hiperplásicos. Podem ser múltiplos quando associados a NEM IIb ou síndrome NF16. Histologicamente compostos por células fusiformes, com processos citoplasmáticos delgados, pálidos e eosinofílicos em padrão de espiral e em estroma rico de colágeno. Raramente são encontradas atipias ou mitoses. As células fusiformes são positivas à imunohistoquímica para Transportador de glicose 1 (GLUT-1) em 88%, Claudina-1 em 85%, Antígeno de membrana epitelial (EMA) em 75%, colágeno tipo IV em 100%. Outros marcadores como CD 34 e S100 também são utilizados no diagnóstico diferencial.
Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
04. Januar 2022
© 2022. Sociedade Brasileira de Coloproctologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil
