CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2022; 57(05): 766-771
DOI: 10.1055/s-0041-1736525
Artigo Original
Mão

Ressonância magnética como método para diagnóstico das lesões traumáticas por avulsão do plexo braquial

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1   Serviço de Cirurgia da Mão e Microcirurgia, Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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1   Serviço de Cirurgia da Mão e Microcirurgia, Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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1   Serviço de Cirurgia da Mão e Microcirurgia, Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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2   Hospital Santa Mônica, Erechim, RS, Brasil
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2   Hospital Santa Mônica, Erechim, RS, Brasil
› Author Affiliations
 

Resumo

Objetivo A incidência de lesões traumáticas do plexo braquial vem aumentando consideravelmente no Brasil, principalmente devido ao aumento do número de acidentes de motocicleta. O objetivo do presente estudo é avaliar a sensibilidade e a especificidade da ressonância magnética (RM) no diagnóstico das lesões por avulsão do plexo braquial, comparando com os achados do exame físico e do intraoperatório.

Métodos Foram avaliados prospectivamente 16 pacientes com lesão do plexo braquial atendidos no ambulatório de cirurgia da mão de nosso serviço. Todos os pacientes foram submetidos ao exame de RM do plexo braquial e os achados foram inseridos em uma tabela, assim como os dados do exame físico, e parte dos pacientes teve o plexo avaliado intraoperatoriamente.

Resultados No presente estudo, a acurácia da RM na identificação de avulsão de raízes foi de 100%, com 100% de sensibilidade e especificidade comparando-se achados da imagem e cirúrgicos.

Conclusão A RM mostrou alta sensibilidade e especificidade, confirmadas por achados intraoperatórios, o que permite considerar este exame como padrão outro no diagnóstico de avulsão nas lesões traumáticas do plexo braquial.


#

Introdução

A incidência de lesões traumáticas do plexo braquial vem aumentando consideravelmente no Brasil, principalmente devido ao aumento do número de acidentes de motocicleta.[1] O mecanismo mais comum de lesão é a tração,[2] que pode provocar dois tipos de lesão: pré-ganglionar, na qual as raízes são avulsionadas junto à sua origem na medula espinhal, ou pós-ganglionar, a qual pode apresentar padrão de ruptura completa do nervo ou a lesão em continuidade.[3] É comum que a combinação destes dois padrões de lesão ocorra em um mesmo indivíduo.

Consequentemente, é importante identificar ferramentas que permitam um diagnóstico mais preciso para melhorar a tomada de decisão relacionada à reconstrução nervosa e, consequentemente, melhorar o prognóstico. O diagnóstico das lesões do plexo braquial é baseado principalmente no exame físico, tendo a eletroneuromiografia como ferramenta auxiliar mais utilizada na literatura.[4] Os exames de imagem ainda têm indicação reservada ao diagnóstico das lesões pré-ganglionares, sendo a mielotomografia (mielo-CT) considerada por muitos autores o “padrão ouro” para a identificação das psudomeningoceles.[5]

Recentemente, com a popularização da ressonância magnética (RM), foi observado que ela é capaz de avaliar, além do comprometimento pré-ganglionar, alterações também na porção pós-ganglionar do plexo braquial. Por ser um método menos invasivo que a mielo-CT, a RM traz menor risco de complicações e torna-se uma opção viável para o diagnóstico mais preciso das lesões do plexo braquial.[6]

Os achados da RM nas avulsões radiculares do plexo braquial incluem, além das pseudomeningoceles, interrupção do trajeto da raiz proximalmente ao forame vertebral, edema ou retração do nervo distal à lesão, deslocamento da medula espinhal para o lado oposto e denervação dos músculos paraespinhais posteriores, especialmente os eretores da espinha.[7]

O objetivo do presente estudo é avaliar a sensibilidade e a especificidade da RM no diagnóstico das lesões por avulsão do plexo braquial, comparando com os achados do exame físico e do intraoperatório.


#

Material e Métodos

Foram avaliados prospectivamente 16 pacientes com lesão do plexo braquial atendidos no ambulatório de cirurgia da mão de nosso serviço. Todos os pacientes foram submetidos ao exame de RM do plexo braquial e os achados foram inseridos em uma tabela, assim como os dados do exame físico.

O exame físico foi realizado de forma detalhada, avaliando a função motora de cada músculo - quando cabível avaliação muscular individual - ou a função do grupo muscular - quando não foi possível avaliação isolada. Graduamos a força muscular com a escala do British Medica Council e testamos a sensibilidade de cada dermátomo. Foram anotados também os achados de exame físico sugestivos de lesão pré-ganglionar, os quais foram reunidos em uma tabela à parte.

Os critérios de inclusão no estudo foram pacientes entre 18 e 60 anos de idade com lesão do plexo braquial decorrente de trauma de alta energia. Os critérios de exclusão foram pacientes com lesões decorrentes de trauma aberto e os pacientes que não apresentavam pelo menos um sinal de avulsão radicular no exame físico ou na RM. Todos os exames foram realizados com aparelho Achieva 1.5T (Philips, Amsterdam, Netherlands) com sequências específicas para avaliação do plexo braquial.

Todos os pacientes incluídos no presente estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, e o projeto de pesquisa foi previamente autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de nossa Instituição sob o número 16594813.0.0000.5479.


#

Resultados

Foram incluídos no presente trabalho 12 pacientes, sendo 7 do sexo masculino e 5 do sexo feminino, com idades que variaram entre 22 e 60 anos (média de 37,3 anos). Todos os pacientes sofreram acidente motociclístico que levou à lesão do plexo braquial. Seis lesões acometeram o membro superior direito e seis lesões acometeram o membro superior esquerdo, não havendo nenhuma lesão bilateral nesta casuística. Entre os pacientes avaliados, 10 indivíduos apresentavam pelo menos um dos dermátomos com alterações de sensibilidade, sendo consideradas anestesia, hipoestesia ou parestesias ([Tabela 1]). Apenas 1 paciente (paciente 8) não apresentava défices motores nos grupos musculares avaliados ([Tabela 2]), e este achado foi compatível com a evidência de lesão pré-ganglionar apenas na raiz de C7. Em relação aos achados clínicos sugestivos de avulsão de raízes, 4 dos 12 pacientes avaliados apresentavam positividade em ao menos 1 deles ([Tabela 3]), e todos os achados de RM confirmaram a suspeita clínica.

Tabela 1

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

C5

N

N

N

P

H

A

A

N

N

A

A

N

C6

H

A

N

A

A

N

A

N

P

A

A

H

C7

N

A

N

P

H

N

A

N

P

A

A

H

C8

N

A

N

N

N

N

A

N

N

A

P

N

T1

N

N

N

N

N

N

A

N

N

A

N

N

Tabela 2

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

Trapezio

M5

M5

M5

M5

M5

M5

M0

M5

M5

M4

M5

M5

Grande dorsal

Trófico

M5

FUNC

M1

M5

M5

M0

M5

M1

M4

M0

M5

Deltoide

M1

M0

M2

M1

M0

M5

M0

M5

M0

M1

M0

M4

Peitoral

FUNC

FUNC

FUNC

M4

M0

M2

M0

M5

M1

M0

M0

M4

Supraespinal

M0

M0

M2

M1

M0

M1

M0

M5

M0

M0

M0

M3

Infraespinal

MO

MO

M2

M1

M0

M1

M0

M5

M0

M0

M0

M3

R. Menor

MO

M0

M2

M1

M0

M4

M0

M5

M0

M0

M0

M0

Subescapular

MO

M0

M2

M1

M0

M4

M0

M5

M0

M0

M0

M2

Flex. Cotovelo

M0

M2

M3

M1

M0

M1

M0

M5

M2

M0

M0

M4

Ext. Cotovelo

M2

M0

M4

M4

M0

M5

M0

M5

M4

M0

M0

M3

Sup. Antebraço

M3

M0

M5

M1

M2

M5

M0

M5

M2

M0

M0

M2

Pron. Antebraço

M5

M0

M5

M4

M2

M5

M0

M5

M2

M0

M4

M3

Flexoextensão punho

M5

M0

M5

M2

M3

M5

M0

M5

M5

M0

M0

M3

Flexoextensão MCF: Articulação Metacarpofalangeana

M5

M0

M5

M4

M3

M5

M0

M5

M5

M0

M3

M5

Preensão

M5

M0

M5

M5

M3

M5

M0

M5

M5

M0

M2

M5

Abdução dedos

M5

M0

M5

M5

M4

M5

M0

M5

M5

M0

M5

M5

Tabela 3

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

Horner

N

N

N

N

N

N

N

N

N

N

N

N

Déficit serrátil

N

N

N

N

N

N

S

N

N

N

S

N

Déficit romboides

N

N

N

N

N

N

S

N

N

N

S

N

Dor em membro insensível

N

N

N

N

S

N

N

N

N

S

N

N

Com o intuito de avaliar a acurácia da RM ([Tabela 4]) na detecção de avulsão de raízes, consideramos para o cálculo de sensibilidade e especificidade apenas os pacientes operados nos quais foi possível a visualização direta das raízes avulsionadas. Os achados reunidos na [Tabela 4] estão ilustrados nas [Figuras de 1] a [6], que apresentam cortes de RM representativos de cada sinal de avulsão avaliados no presente estudo. Entre os 10 pacientes operados, 9 apresentavam avulsão de ao menos 1 raiz, achados compatíveis com a RM (todos exceto a paciente 9). A paciente 9 não apresentava quaisquer sinais de avulsão no transoperatório, achado compatível com a RM. Com isso, podemos afirmar que, neste estudo, a acurácia da RM na identificação de avulsão de raízes foi de 100%, com 100% de sensibilidade e especificidade comparando-se achados de imagem e cirúrgicos.

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Fig. 1 Alteração medular (mielopatia por avulsão) à esquerda com desvio da linha média.
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Fig. 2 (A) Pseudomeningocele em corte sagital. (B) Pseudomeningocele em corte axial.
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Fig. 3 Raiz pré-ganglionar direita de C6 descontínua.
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Fig. 4 Corte axial ponderado em T1 demonstrando atrofia do multifidus no plano de C6, compatível com denervação crônica.
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Fig. 5 Axial STIR do plexo demonstrando edema da musculatura paravertebral direita, compatível com denervação aguda.
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Fig. 6 (A) espessamento e hipersinal da raiz de C7. (B) Raiz normal para comparação.
Tabela 4

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

Pseudomeningocele

N

S

N

S

S

S

S

N

N

N

S

S

Desvio medular

N

S

N

N

S

S

S

N

N

N

S

S

Atrofia paraespinhal

S

N

S

N

N

N

S

N

N

N

S

N

Raízes descontinuas

S

S

S

N

S

S

S

N

N

N

S

S

Raízes retraídas, sinuosas, espessadas ou presença de massa

S

N

N

N

S

S

S

S

N

S

S

N

Alterações medulares

N

S

N

N

S

S

S

N

N

S

S

N


#

Discussão

A mielo-CT foi considerada por muito tempo o padrão ouro para o diagnóstico por imagem das avulsões radiculares no plexo braquial. No entanto, seu alcance restringe-se à observação das pseudomeningoceles e apresenta ainda o inconveniente de ser um método invasivo, com taxas de efeitos adversos à injeção do contraste que podem chegar a 35%.

Wade et al.[8] consideraram modesta a precisão da RM para detectar lesões por avulsão, e Carvalho et al.[5] encontraram acurácia de apenas 52% da RM. Estes resultados devem-se ao uso de sequências convencionais de RM, que não são adequadas para o diagnóstico das lesões do plexo braquial. Sequências com cortes finos são fundamentais para a visualização intradural das raízes cervicais. Doi et al.,[9] em um estudo retrospectivo com 35 pacientes, observaram sensibilidade e especificidade da RM para detectar a presença de avulsão radicular de 92,9 e 81,3%, respectivamente, enquanto na mielo-CT a sensibilidade e a especificidade foram de 92,9 e 75,8% respectivamente, não havendo diferença estatisticamente significante entre os 2 métodos. Em um estudo multicêntrico com 157 casos, Tagliafico et al.[7] demonstraram que a RM possui alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de lesões do plexo braquial, porém chamaram a atenção para a possibilidade de resultados falso-positivos. No presente estudo a RM mostrou sensibilidade de 100% e especificidade de 100%, comparadas com 44,44 e 100%, respectivamente, do exame físico, estando de acordo com os achados de Doi et al.[9] e Tagliafico et al.[7]

Quanto maior a energia do trauma, maior o risco de avulsão radicular. Carmo et al.,[10] em um estudo retrospectivo, observaram presença de avulsão de ≥ 1 raiz em 95,5% dos pacientes com lesão total do plexo braquial, enquanto nas lesões parciais este índice foi de 53,5%.

Edema e/ou atrofia da musculatura paravertebral do mesmo lado da lesão também tem sido relacionados a lesões mais graves, com avulsão e consequente denervação desta musculatura por acometimento do ramo espinal dorsal.[11]

Um interessante estudo demonstrou a capacidade de detectar lesões por avulsão do plexo braquial comparando-se a RM com achados intraoperatórios ou eletroneuromiográficos.[12] O presente estudo, no entanto, contou com uma casuística pequena, e os critérios de imagem utilizados dependiam da visualização direta da raiz avulsionada ou da formação de pseudomeningocele para diagnosticar avulsões, achados específicos, porém menos sensíveis do que a combinação dos seis critérios apresentados na nossa casuística, os quais podem oferecer uma acurácia diagnóstica superior.

A interpretação da RM para a avulsão radicular é difícil. Uma imagem de RM pode ser considerada positiva para avulsão radicular quando é percebida a perda de continuidade ou a ausência da raiz nervosa no trajeto entre a medula espinhal e a saída do forame. A raiz nervosa normal segue um curso oblíquo (posterior para anterior e cranial para caudal) da medula espinhal ao forame intervertebral existente. Portanto, a RM também pode ser considerada positiva para avulsão se houver um curso/posição anormal do nervo espinhal porque, se uma raiz foi avulsionada da medula espinhal, então ela adotará uma posição mais caudal e horizontal no trajeto até o forame. O presente estudo encontrou como principais achados na RM as avulsões, que estiveram presentes em 91,66% dos casos. A raiz mais avulsionada foi C7 (83,33%), seguida por C6 e C8 (58,33%), T1 (41,66%), e, por último, C5 (12%).

Por outro lado, os achados clínicos classicamente associados a avulsão apresentaram baixíssima sensibilidade no nosso estudo, caracterizando-os como ruins para fins de rastreamento. No entanto, eles apresentaram alta especificidade, podendo ser considerados confirmatórios de avulsão quando presentes.

Pudemos observar um amplo espectro de défices sensitivos e motores, que foram expostos em detalhes, juntamente com os achados compatíveis com avulsão (clínica e ressonância), os quais podem ser apreciados nas Tabelas de 1 a 4.


#

Conclusão

A RM mostrou alta sensibilidade e especificidade, confirmadas por achados intraoperatórios, o que permite considerar este exame como padrão outro no diagnóstico de avulsão nas lesões traumáticas do plexo braquial.


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Conflito de Interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

* Estudo desenvolvido no Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.


  • Referências

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Endereço para correspondência

João Pedro Farina Brunelli, MD
Rua Leopoldo Bier, 825, Conjunto 301, Porto Alegre, RS, 90620-100
Brasil   

Publication History

Received: 11 January 2021

Accepted: 14 May 2021

Article published online:
04 November 2021

© 2021. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

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Fig. 1 Alteração medular (mielopatia por avulsão) à esquerda com desvio da linha média.
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Fig. 2 (A) Pseudomeningocele em corte sagital. (B) Pseudomeningocele em corte axial.
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Fig. 3 Raiz pré-ganglionar direita de C6 descontínua.
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Fig. 4 Corte axial ponderado em T1 demonstrando atrofia do multifidus no plano de C6, compatível com denervação crônica.
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Fig. 5 Axial STIR do plexo demonstrando edema da musculatura paravertebral direita, compatível com denervação aguda.
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Fig. 6 (A) espessamento e hipersinal da raiz de C7. (B) Raiz normal para comparação.
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Fig. 1 Spinal cord alteration (avulsion myelopathy) on the left with midline deviation.
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Fig. 2 (A) Pseudomeningocele in sagittal cut. (B) Pseudomeningocele in axial cutting.
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Fig. 3 C6 right preganglionic root discontinuous.
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Fig. 4 T1-weighted axial section demonstrating multifidus atrophy in the C6 plane, compatible with chronic denervation.
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Fig. 5 Plexus axial STIR demonstrating edema of the right paravertebral musculature, compatible with acute denervation.
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Fig. 6 (A) thickening and hypersignal of C7 root. (B) Normal root for comparison.