CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2022; 57(03): 455-461
DOI: 10.1055/s-0041-1729574
Artigo Original

Avaliações do lúmen da artéria reparada em lesões do antebraço usando o teste de Allen, Doppler portátil e ultrassonografia com Doppler[*]

Article in several languages: português | English
1   Residência Médica em Cirurgia de Mão, Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil
,
Fernanda Ruiz Andrade
1   Residência Médica em Cirurgia de Mão, Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil
,
Sara Dadona Correia Serrano
2   Programa de Cirurgia de Mão, Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil
,
Claudio Henrique Barbieri
3   Programa de Cirurgia de Mão, Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil
,
Nilton Mazzer
3   Programa de Cirurgia de Mão, Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil
,
Marcello Henrique Nogueira-Barbosa
4   Divisão de Radiologia, Departamento de Imagens Médicas, Hematologia e Oncologia Clínica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil
› Author Affiliations
 

Resumo

Objetivo O objetivo deste estudo foi avaliar a taxa de perviedade pós-operatória de lesões arteriais do antebraço secundárias a traumatismo penetrante. As lesões foram submetidas a reparo primário e examinadas com o teste de Allen e um dispositivo Doppler portátil; posteriormente, os resultados foram confirmados à ultrassonografia com Doppler.

Métodos Dezoito pacientes foram incluídos, com um total de 19 lesões arteriais, 14 lesões ulnares e 5 lesões radiais; um paciente tinha lesões em ambos os antebraços. Todos os pacientes foram submetidos à cirurgia e três avaliações clínicas: o teste de Allen e a avaliação do fluxo sanguíneo arterial com um dispositivo portátil de Doppler na 4ª e 16ª semanas após a cirurgia e ultrassonografia com Doppler 12 semanas após o procedimento.

Resultados Na primeira avaliação clínica, 77% dos pacientes apresentavam perviedade segundo o teste de Allen e 72% apresentavam som pulsátil identificado pelo Doppler portátil. Na segunda avaliação, 61% dos pacientes apresentaram perviedade com base no teste de Allen e a taxa de som pulsátil ao Doppler portátil foi de 72%, semelhante à observada 2 meses antes. À ultrassonografia com Doppler (cerca de 12 semanas após a cirurgia), a taxa de sucesso da arteriorrafia foi de 88%. Em relação à perviedade final (avaliação por ultrassonografia com Doppler) e mecanismo de trauma, todos os pacientes com traumatismo penetrante apresentavam artérias pérvias.

Conclusão Concluímos que a avaliação clínica com um dispositivo Doppler portátil e o teste de Allen é confiável caso a artéria pérvia possa ser palpada. No entanto, a ultrassonografia pode ser necessária em caso de impossibilidade de localização de uma artéria pérvia durante o exame clínico.


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Introdução

A lesão arterial do antebraço é responsável por 50% das lesões vasculares periféricas.[1] [2] Essas lesões são comumente associadas a traumatismos penetrantes ou contusos/penetrantes. Esse tipo de lesão é, em sua maioria, observado na população jovem do sexo masculino e é causado por lesão com vidro.[3] [4]

De modo geral, essas lesões são acompanhadas por danos em estruturas musculotendíneas. Lesões ortopédicas e neurológicas geralmente são provocadas por traumatismo contuso.[5] [6]

O diagnóstico de lesão arterial pode ser estabelecido à avaliação clínica; os sintomas incluem hemorragia, isquemia e déficits neurológicos associados devido à proximidade dos nervos às artérias. Exames complementares de imagem são indicados quando os sinais clínicos não podem confirmar a existência ou localização de uma lesão arterial.[5] [6]

Exames clínicos, como palpação do pulso arterial, teste de Allen e Doppler portátil, podem ser usados para avaliação da perviedade arterial. A ultrassonografia com Doppler pode ser usada para avaliação como técnica de diagnóstico por imagem.[5]

No teste de Allen, o examinador oclui as artérias radial e ulnar por compressão digital e pede ao paciente que abra e feche a mão para drenar o sangue do arco palmar. O paciente então relaxa a mão e o examinador para de comprimir a artéria a ser avaliada, observando o tempo necessário para normalização da cor da palma da mão. O teste é considerado positivo quando a artéria está pérvia, apresentando retorno à cor normal em menos de 6 segundos.[1]

A ultrassonografia com Doppler tem precisão de cerca de 98% no diagnóstico de obstrução arterial e é considerada um exame não invasivo e de baixo custo. É mais específica do que sensível, além de demorada e dependente do examinador.[4]

Uma complicação associada ao reparo é a trombose do vaso, que leva ao insucesso do tratamento. A taxa de perviedade após o reparo da artéria radial ou da artéria ulnar com técnicas microcirúrgicas varia de cerca de 46 a 84%.[4] As maiores taxas de sucesso são observadas nas lesões reparadas em até 36 horas, causadas por objetos pontiagudos (não por avulsão ou laceração), e na artéria radial.[4]

Devido ao risco de trombose já discutido nos reparos arteriais, decidimos realizar exames clínicos e diagnósticos (ultrassonografia com Doppler) para a avaliação de pacientes submetidos à cirurgia de emergência para verificar a perviedade arterial e propor a avaliação clínica como alternativa à ultrassonografia com Doppler.


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Material e Métodos

Pacientes com lesão da zona volar V do antebraço associada à lesão arterial foram submetidos ao reparo primário da lesão e acompanhados com avaliação clínica e ultrassonográfica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto entre maio de 2018 e setembro de 2019.

Os pacientes submetidos à ligadura da artéria danificada ou com necessidade de interposição do enxerto para reparo arterial foram excluídos.

Dos 33 pacientes selecionados, 15 não completaram o acompanhamento no ambulatório, ou seja, não retornaram para as consultas e devidas avaliações. Obtivemos todas as informações necessárias para o estudo de 18 pacientes, em sua maioria (72%) homens jovens, com idade média de 30 anos (variação de 16–60 anos) e sem comorbidades.

Os pacientes retornaram para uma consulta de acompanhamento em 1 semana para avaliação do curativo e em 4 semanas para avaliação da amplitude de movimento (caso apresentassem lesão tendínea associada) e do fluxo arterial por meio do teste de Allen e Doppler portátil ([Figs. 1] e [2]). Cerca de 12 semanas após a lesão, os pacientes foram avaliados à ultrassonografia com Doppler e, aproximadamente 14 a 16 semanas após a lesão, foram reavaliados pelo teste de Allen e exame com Doppler portátil.

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Fig. 1 Dispositivo Doppler portátil usado para avaliação dos pacientes.
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Fig. 2 Avaliação de um paciente com Doppler portátil.

O mecanismo de trauma mais frequente foi o traumatismo penetrante, responsável por cerca de 78% dos casos; em 22% dos casos, o mecanismo foi o traumatismo contuso/penetrante, como em acidentes de trabalho.

A sutura mais utilizada foi o polipropileno (88%), enquanto o náilon foi utilizado em 12% dos casos, de acordo com a escolha do cirurgião.

Todos os reparos foram realizados com lupas, com aumento de até 3,5 vezes em 9 casos e de 4 a 6 vezes em 9 casos. Todas as cirurgias foram realizadas de maneira idêntica por dois cirurgiões que estavam no final do treinamento em cirurgia da mão e sob a tutela do autor sênior.

Setenta e sete por cento dos pacientes foram submetidos à arteriorrafia em até 120 horas (5 dias) após a lesão, com tempo médio de 82 horas (cerca de 3 dias após a lesão).

A análise estatística descritiva dos dados foi realizada. O teste t de Student, o teste exato de Fisher[7] e o teste de McNemar foram usados. Todas as análises estatísticas foram conduzidas com o software estatístico SAS 9.4 (SAS Institute Inc., Cary, NC, EUA).[7] [8] [9]

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos e todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.


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Resultados

Na primeira avaliação clínica (cerca de 4 semanas após a lesão), 77% dos pacientes apresentaram perviedade com base no teste de Allen; o pulso foi identificado com Doppler portátil em 72% dos pacientes ([Figs. 1] e [2]).

Na segunda avaliação clínica (cerca de 14 a 16 semanas após a lesão), 61% dos pacientes apresentaram perviedade com base no teste de Allen e a taxa de identificação de pulso com Doppler portátil continuou em 72%, como observado 2 meses antes.

A avaliação por ultrassonografia com Doppler (cerca de 12 semanas após a lesão) indicou uma taxa de sucesso da arteriorrafia de 88%. Em relação à perviedade final (avaliação por ultrassonografia com Doppler) e ao mecanismo de trauma, todos os pacientes com traumatismo penetrante apresentavam artérias pérvias; a taxa de sucesso foi de 85% em pacientes com traumatismo contuso/penetrante (valor de p de 1,0).

Todos os pacientes submetidos à arteriorrafia com fio de náilon apresentavam artérias pérvias à avaliação final. Entre os pacientes submetidos à arteriorrafia com polipropileno, 87% apresentaram perviedade à ultrassonografia com Doppler (valor de p de 1,0).

Todas as cirurgias foram realizadas com uso de lupa de 3,5× ou 4× de aumento durante o reparo e não houve diferença entre os grupos (valor de p de 1,0) ou entre os cirurgiões.

Todos os pacientes submetidos ao reparo em 5 dias apresentavam artérias pérvias à avaliação final. A taxa de perviedade em pacientes submetidos à arteriorrafia tardia foi de 50% (valor de p de 0,03) ([Tabela 1]). Todos os pacientes com resultados positivos no teste de Allen à primeira avaliação clínica (4 semanas) apresentaram artérias pérvias à avaliação ultrassonográfica final. Dos pacientes com resultados negativos ao teste de Allen (oclusão arterial) à primeira avaliação clínica, apenas 50% tinham artérias pérvias à avaliação final de ultrassonografia com Doppler (valor de p de 0,03) ([Fig. 3]). Na segunda avaliação clínica (14–16 semanas), a concordância do teste de Allen com a avaliação ultrassonográfica continuou em 100% nos pacientes com artérias pérvias com base no teste de Allen, mas a taxa de concordância diminuiu para 28% para pacientes com resultados negativos no teste de Allen (valor de p de 0,13) ([Fig. 4]).

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Fig. 3 Comparação do primeiro teste de Allen com a última ultrassonografia.
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Fig. 4 Comparação do segundo teste de Allen com última ultrassonografia.
Tabela 1

INTERVALO

DOPPLER

Total

Lúmen obstruído

Lúmen desobstruído

até 120 horas

0

0,00

14

77,78

14

77,78

> 120 horas

2

11,11

2

11,11

4

22,22

Total

2

11,11

16

88,89

18

100,00

O exame com Doppler portátil realizado durante a primeira avaliação clínica também mostrou 100% de concordância com a avaliação ultrassonográfica em pacientes com artérias pérvias e 40% de concordância quando não houve localização do pulso (valor de p de 0,06). Esses parâmetros foram mantidos na segunda avaliação clínica ([Fig. 5]).

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Fig. 5 Comparação da primeira avaliação com Doppler portátil à última avaliação por ultrassonografia.

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Discussão

O tratamento das lesões arteriais pode ser feito por ligadura, reparo primário (em lacerações com menos de 2 cm e boa mobilidade dos cotos para suturas sem tensão) ou reparo com interposição de enxerto (em lacerações com mais de 2 cm).[10] [11]

Em caso de lesão das duas artérias (radial e ulnar), mesmo que a mão esteja bem perfundida, o reparo arterial deve ser realizado para diminuir os sintomas de isquemia.[1] [4] Alguns estudos demonstraram que a perda de perfusão pela artéria radial ou ulnar para a mão pode causar intolerância ao frio, atrofia muscular e óssea e perda de força.[12] Isso confirma a importância do reparo arterial e da perviedade mesmo em lesões de uma única artéria em uma mão bem perfundida.

Na presença de uma lesão neurológica associada, há um ganho importante na recuperação quando a perviedade da artéria é alcançada após o reparo arterial. De acordo com a literatura, 87% dos pacientes com lesão do nervo ulnar obtiveram recuperação neurológica boa, adequada ou excelente em caso de perviedade da artéria ulnar; a taxa de bons resultados diminuiu para 33% em pacientes com obliteração da artéria ulnar.[5] [12]

As causas da trombose do vaso ainda não são bem compreendidas, mas acredita-se que a pressão retrógrada no arco palmar provoca turbulência vascular e diminui o fluxo na artéria reparada, levando à sua obstrução.[13] [14]

Como a epidemiologia relatada por outros estudos, em nossa amostra, a maior prevalência de lesões arteriais no antebraço foi observada em pacientes jovens do sexo masculino.

A ultrassonografia com Doppler é uma técnica não invasiva, rápida e precisa para avaliação dos resultados do reparo vascular, além da taxa e das características do fluxo; em nosso estudo, a taxa de sucesso de demonstração de artérias pérvias à ultrassonografia com Doppler foi de 88%, índice superior ao relatado na literatura, de até 84%.[2] [4] A maior taxa de sucesso ocorreu em pacientes com trauma penetrante (100%) e chegou a 85% nos casos de trauma penetrante/contuso.

Ao analisarmos a perviedade final em relação ao tipo de sutura utilizada, o maior índice de sucesso foi associado ao uso de náilon (100%) em comparação a polipropileno (87%); entretanto, como apenas duas artérias foram reparadas com náilon (dois procedimentos), esse achado tem pouca significância estatística (valor de p de 1,0). Segundo a literatura, a taxa de perviedade é semelhante entre os tipos de suturas, com melhor biocompatibilidade associada ao polipropileno.[15]

Todos os reparos foram realizados com lupas cirúrgicas, e a literatura demonstra que o uso de técnicas microcirúrgicas aumenta a taxa de sucesso da arteriorrafia.

Em relação ao intervalo entre a lesão e o reparo, obtivemos uma taxa de perviedade de 100% nas artérias reparadas em 5 dias ([Fig. 6]), com diminuição significativa para 50% quando o intervalo era superior a 5 dias e boa significância estatística para esses dados (valor de p de 0,03). Tivemos uma alta taxa de sucesso mesmo quando o procedimento foi realizado depois de 36 horas, ao contrário do relatado na literatura.[4]

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Fig. 6 A ultrassonografia com Doppler revela a artéria pérvia após a arteriorrafia.

Quanto às avaliações clínicas e ultrassonográficas, constatamos que tanto o teste de Allen quanto o Doppler portátil foram confiáveis para determinar a perviedade arterial ao indicarem resultados positivos (artéria pérvia), com alto valor preditivo positivo. No entanto, os resultados da ultrassonografia com Doppler não foram bem correlacionados aos resultados dos exames clínicos que mostram oclusão arterial ([Fig. 7]), gerando muitos falso-negativos. O tamanho de nossa amostra foi pequeno, mas propomos que as avaliações clínicas são suficientes para avaliar o reparo vascular.[4]

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Fig. 7 A ultrassonografia com Doppler revela uma artéria obstruída.

Concluímos que a avaliação clínica com Doppler portátil e o teste de Allen é confiável ao mostrar uma artéria pérvia. No entanto, se a avaliação clínica revelar artérias não pérvias, o resultado deve ser confirmado por ultrassonografia.


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Conflito de Interesses

Os autores não têm conflito de interesses a declarar.

* Estudo desenvolvido no Departamento de Ortopedia e Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.


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Endereço para correspondência

Amanda Favaro Cagnolati
Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Campus Universitário.
Ribeirão Preto, SP
Brasil   

Publication History

Received: 10 July 2020

Accepted: 03 November 2020

Article published online:
13 August 2021

© 2021. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

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Fig. 1 Dispositivo Doppler portátil usado para avaliação dos pacientes.
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Fig. 2 Avaliação de um paciente com Doppler portátil.
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Fig. 1 Handheld Doppler device used to evaluate the patients.
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Fig. 2 Assessment of a patient using a handheld Doppler device.
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Fig. 3 Comparação do primeiro teste de Allen com a última ultrassonografia.
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Fig. 4 Comparação do segundo teste de Allen com última ultrassonografia.
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Fig. 5 Comparação da primeira avaliação com Doppler portátil à última avaliação por ultrassonografia.
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Fig. 3 Comparison of the initial Allen test with the final ultrasonography evaluation.
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Fig. 4 Comparison of the Allen test in the second evaluation with the final ultrasonography evaluation.
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Fig. 5 Comparison of the initial handheld Doppler evaluation and final ultrasonography evaluation.
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Fig. 6 A ultrassonografia com Doppler revela a artéria pérvia após a arteriorrafia.
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Fig. 7 A ultrassonografia com Doppler revela uma artéria obstruída.
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Fig. 6 Doppler ultrasonography examination showing a patent artery after arteriorrhaphy.
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Fig. 7 Doppler ultrasonography examination showing an obstructed artery.