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DOI: 10.1055/s-0038-1672444
Estudo analítico e comparativo da craniotomia pterional, pré-temporal e sua variante orbitozigomática
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Objetivo: Neste estudo, avaliamos objetivamente as exposições fornecidas pelas abordagens pterional (PT), pretemporal (PreT) e orbitozigomática (OZ) por meio de medidas quantitativas da área de exposição cirúrgica ao redor do círculo de Willis, exposições angulares e lineares da artéria basilar na fossa interpeduncular e cisterna pré-pontina.
Métodos: Oito cadáveres adultos frescos foram utilizados em até 24 horas após a morte. As craniotomias foram realizadas sequencialmente no mesmo cadáver, iniciando-se primeiramente com a PT, seguido da PreT, finalizando com a abordagem OZ. Após cada abordagem, a área de exposição, a exposição angular das estruturas vasculares e a exposição linear da artéria basilar foram medidas utilizando-se sistema de neuronavegação computadorizado com sonda digital com quatro marcadores espaciais.
Resultados: A abordagem OZ apresentou maior exposição do Círculo de Willis (média e desvio padrão para PT: 844,7 ± 233,3 mm2; PreT: 1134 ± 223,3 mm2; OZ: 1301,3 ± 215,9 mm2) com aumento de 456,7 mm2 em relação ao PT (p < 0,01) e de 167,4 mm2 ao PreT (p < 0,05). A exposição linear do basilar aumentou significativamente com a extensão da craniotomia para PreT e depois para OZ. A extensão da PT para PreT e OZ aumenta os ângulos em todas as medições. Quando comparamos o PreT e o OZ encontramos um aumento no ângulo horizontal e vertical para a bifurcação da artéria cerbral média ipslateral (p = 0,005 e p = 0,032, respectivamente), ângulo horizontal para a artéria basilar (p = 0,02) e ângulo horizontal para a bifurcação contralateral do ICA (p = 0,048).
Conclusão: A abordagem OZ oferece vantagens cirúrgicas significativas em relação ao PT e PreT em relação à área de exposição e exposição linear da artéria basilar. Com relação ao ângulo de ataque, a remoção do rebordo orbital e do arco zigomático proporcionou uma exposição quantitativamente mais ampla e maior liberdade cirúrgica para acessar estruturas com menor retração do cérebro. Um estudo anatômico detalhado para cada paciente e a experiência do cirurgião devem ser considerados para indicação da abordagem cirúrgica individualizada.
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