CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(02): 101-104
DOI: 10.1055/s-0035-1571141
Original Article | Artigo Original
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Avaliação do perfil epidemiológico do traumatismo raquimedular de um serviço de coluna do estado do Espírito Santo

Artikel in mehreren Sprachen: English | português
Gabriela Scopel
1   Department of Orthopedy, Santa Casa de Misericórdia, Vitória, ES, Brazil
,
Charbel Jacob Júnior
2   Department of Spinal Cord Surgery, Santa Casa de Misericórdia, Vitória, ES, Brazil
,
Marcus Alexandre Novo Brazolino
2   Department of Spinal Cord Surgery, Santa Casa de Misericórdia, Vitória, ES, Brazil
,
Igor Machado Cardoso
2   Department of Spinal Cord Surgery, Santa Casa de Misericórdia, Vitória, ES, Brazil
,
José Lucas Batista Júnior
2   Department of Spinal Cord Surgery, Santa Casa de Misericórdia, Vitória, ES, Brazil
,
Luciana Carrupt Sogame
1   Department of Orthopedy, Santa Casa de Misericórdia, Vitória, ES, Brazil
,
Thiago Cardoso Maia
2   Department of Spinal Cord Surgery, Santa Casa de Misericórdia, Vitória, ES, Brazil
,
Tadeu Gervazoni Debom
2   Department of Spinal Cord Surgery, Santa Casa de Misericórdia, Vitória, ES, Brazil
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Address for correspondence

Charbel Jacob Junior, MD
Departamento de Cirurgia da Coluna, Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória
Rua Doutor João Santos Neves
143, Vila Rubim, Vitória, ES, Brazil, CEP: 29025-023

Publikationsverlauf

25. September 2015

23. November 2015

Publikationsdatum:
22. Januar 2016 (online)

 

Resumo

Objetivo Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com traumatismo raquimedular (TRM) submetidos a procedimentos cirúrgicos no estado do Espírito Santo, Brasil.

Métodos Foi realizado um estudo transversal e descritivo, baseado na análise de 70 prontuários de pacientes submetidos a procedimento cirúrgico em decorrência de TRM no estado do Espírito Santo, Brasil.

Resultados Um total de 79% dos pacientes era do sexo masculino. A média de idade foi de 44 anos, sendo acidente automobilístico a causa principal de trauma (44%). Metade dos pacientes apresentou lesão em região cervical, e 46% foram classificados como Frankel A, de acordo com a escala Frankel. Nos primeiros 60 dias após a cirurgia, a principal complicação apresentada pelos pacientes foi infecção do trato urinário (ITU). Metade dos pacientes era proveniente da região metropolitana do estado.

Conclusão Os pacientes submetidos a procedimento cirúrgico por TRM no estado do Espírito Santo são predominantemente homens, com idade média de 44 anos, lesão da coluna cervical por acidente automobilístico, e provenientes da região metropolitana. A principal complicação apresentada foi ITU.


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Introdução

A lesão medular traumática compreende as lesões dos componentes da coluna vertebral em qualquer porção que contenha a medula vertebral.[1] Pode resultar em disfunção motora, sensitiva, esfincteriana e autonômica abaixo da lesão. A avaliação da lesão neurológica é estabelecida pela escala de Frankel, sendo graduada em lesão completa, incompleta e função normal.[2] A severidade da lesão é classificada como completa ou incompleta, de acordo com as normas estabelecidas pela American Spinal Cord Injury Association (ASIA), sendo a lesão completa correspondente à ausência total das funções motora e sensitiva abaixo do nível da lesão.[3]

As complicações do trauma raquimedular (TRM) incluem problemas pulmonares, espasmos, dor, infecções do trato urinário, dentre outros, sendo que a causa mais comum de óbito nesses pacientes é a pneumonia.[4] [5] Diversos estudos apontam que a infecção do trato urinário é a complicação mais comum, seguida de dor e espasmos.[3] A prevalência de dor após TRM varia consideravelmente, sendo evidenciada em cerca de metade a dois terços dos pacientes.[5]

O TRM não apresenta notificação dos casos; entretanto, estima-se que a incidência anual seja de 21 pacientes por milhão habitantes.[6] Em países em desenvolvimento, a incidência é de 25,5 casos por milhão a cada ano.[7] O sexo masculino é globalmente o mais acometido,[7] [8] correspondendo a 82,8% de todos os casos. A idade média é de 32,4 anos, considerando-se os países em desenvolvimento.[7] Ao acometer pessoas jovens e economicamente ativas, o TRM acaba interrompendo a plena atividade profissional do indivíduo no auge do potencial de ganho econômico, gerando um alto custo para a sociedade.[7] [9]

As duas principais causas de TRM em estudos internacionais são acidentes automobilísticos e quedas (41,4 e 34,9%, respectivamente), seguidos de violência e de acidentes esportivos.[7] [10] Estudos nacionais destoam das estatísticas clássicas, apresentando a arma de fogo no segundo lugar entre as causas de TRM, seguida de quedas e ferimentos por arma branca.[9]

O tempo propício para intervenção cirúrgica após TRM ainda é assunto controverso. Diversos estudos não demonstram clara melhora no prognóstico neurológico; porém, há evidência de segurança clínica na realização cirúrgica precoce.[11] [12] [13] [14]

Os dados epidemiológicos do país atualmente disponíveis são relativamente escassos e conflitantes com a literatura.[9] [15] Dessa forma, temos como proposta avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes com TRM submetidos a procedimento cirúrgico no estado do Espírito Santo.


#

Materiais e Métodos

Estudo transversal e descritivo, baseado na análise de setenta prontuários de pacientes submetidos a procedimento cirúrgico em decorrência de TRM no estado do Espírito Santo, no período de fevereiro de 2011 a fevereiro de 2015.

Os pacientes selecionados foram admitidos em diversos hospitais particulares e públicos do estado do Espírito Santo, e encaminhados via central de regulação de leitos ou por demanda espontânea. Foram analisadas variáveis como: idade, sexo, procedência do paciente, nível da fratura, nível neurológico, mecanismo de trauma, complicações nos primeiros 60 dias após a cirurgia.

Os dados foram coletados e distribuídos em projeções no programa Excel (Microsoft™) para avaliação da distribuição de cada dado analisado, sendo considerados porcentagem e números absolutos de acometimento de cada evento analisado.


#

Resultados

Foram analisados setenta prontuários, dos quais 79% corresponderam a pacientes do sexo masculino (n = 55). A idade média foi de 44 anos, variando de 14 a 75 anos. Jovens (20-24 anos) constituíram 32% dos casos, seguidos por adultos (31-59 anos), 28%; adultos jovens (25-30 anos), 20%; adolescentes (10-19 anos), 12%; e idosos (mais de 60 anos), 8% dos casos ([Tabela 1]).

Tabela 1

Idade (anos)

Classificação (Ministério da Saúde)

%

10–19*

Adolescente

12

20- 24*

Jovem

32

25–30*

Adulto jovem

20

31–59*

Adulto

28

> 60*

Idoso

08

Dentre os mecanismos de trauma, o acidente automobilístico representa 44% do total. Em segundo lugar, os ferimentos por arma de fogo (FAF), 27% dos casos. Quedas e mergulhos ocupam terceiro e quarto lugares, respectivamente ([Tabela 2]).

Tabela 2

Mecanismo de lesão

Total de pacientes (70)

%

FAF*

19

27

Acidente automobilístico

31

44

Queda

15

22

Mergulho

5

7

Metade dos pacientes do estudo apresentou lesão em região cervical, e 26% deles, em região toracolombar. O segmento torácico foi o terceiro mais acometido, e o lombar estava presente em apenas 4% dos casos ([Tabela 3]).

Tabela 3

Nível de lesão

Total de pacientes (70)

%

Cervical

35

50

Torácico

14

20

Toracolombar*

19

26

Lombar

2

4

De acordo com a escala de Frankel, 46% dos pacientes foram classificados como Frankel A. Frankel C foi o segundo mais frequente, com 19 casos, seguido de Frankel E, B e D, com nove, oito e dois casos, respectivamente ([Tabela 4]).

Tabela 4

Frankel

Total de pacientes (70)

%

A

32

46

B

8

11

C

19

27

D

2

3

E

9

13

Nos primeiros 60 dias após a cirurgia, os pacientes foram analisados quanto à presença de complicações. Dos setenta pacientes, 36 apresentaram complicações durante esse período. A mais frequente foi a infecção do trato urinário (ITU), com 18 casos, seguida pela presença de úlcera de pressão, com dez. Quatro pacientes desenvolveram pneumonia, e um teve complicações cardíacas. Três pacientes apresentaram associação de ITU e escara durante os 2 primeiros meses após a cirurgia ([Tabela 5]).

Tabela 5

Complicações clínicas ≤ 60 dias após cirurgia

Total de pacientes (70)

ITU*

18

Úlcera de pressão

10

Pneumonia

4

Cardíacas

1

ITU e escara

3

Quanto à procedência, 35 pacientes provinham da região metropolitana. Os demais, da região central (18 pacientes), região sul (4 pacientes) e região norte (7 pacientes). Seis pacientes procediam de outros estados ([Tabela 6]).

Tabela 6

Procedência do paciente

Total de pacientes (70)

%

Região metropolitana

35

50

Região central

18

25

Região do sul

4

5

Região do norte

7

11

Outro estado

6

9


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Discussão

O TRM é uma doença que apresenta potencial devastador não só para pacientes e familiares, mas também para a economia, visto que existe enorme custo financeiro em saúde.[15]

A adequada análise de distribuição e prevalência do TRM é de suma importância para o planejamento e elaboração de estratégias de abordagem ao politraumatizado, e de medidas de esclarecimento populacional.

Neste estudo, a proporção de pacientes do sexo masculino foi predominante (79%), estando de acordo com dados da literatura.[7] [8] [9] [15] [16] A média da idade mais acometida, considerando análise de países em desenvolvimento, corresponde a 32,4 anos[7] já a média encontrada neste estudo, realizado no estado do Espírito Santo, foi superior: 44 anos. Entretanto, considerando a classificação do Ministério da Saúde, ambas estão dentro da faixa etária dos adultos (31-59 anos).

A fratura cervical foi o nível mais encontrado (50%), sendo similar ao encontrado em estudos nacionais e internacionais.[8] [9] [17] Cerca de 4,5% dos pacientes em um estudo apresentaram mais de uma fratura em diferentes níveis medulares.[18] Assim, devido à grande frequência de fraturas cervicais e seu grande impacto no quadro neurológico e qualidade de vida dos pacientes, a proteção da coluna cervical no atendimento inicial aos pacientes torna-se imprescindível.

Em relação à severidade do déficit neurológico, a maioria dos pacientes (46%) foi classificada como Frankel A, devido à ausência de qualquer função motora ou sensitiva abaixo da lesão. Este quadro neurológico também foi observado em estudos nacionais.[15]

As duas principais causas de TRM neste estudo (acidentes automobilísticos e ferimento por arma de fogo) são semelhantes às encontradas na análise epidemiológica de dados nacionais.[9] Entretanto, esse resultado difere dos números internacionais, nos quais as quedas correspondem ao segundo lugar.[7] [10] Nos países desenvolvidos a proporção de trauma por acidentes automobilísticos encontra-se estável com tendência a redução, sendo tal fato justificado, em parte, pela melhor infraestrutura e maior segurança proporcionada pelos seus veículos automotivos.[19]

Dentre as complicações, a mais frequentemente encontrada foi a infecção do trato urinário (ITU), presente em 26% dos casos com complicações, resultado similar ao relatado em diversos estudos internacionais.[3] Pagliacci et al. sugerem que 53,7% dos pacientes com TRM apresentaram complicações urológicas nos primeiros 6 meses do trauma.[20]

A procedência dos pacientes foi avaliada de acordo com a divisão macrorregional do Espírito Santo,[21] sendo que a maioria dos pacientes operados com lesão medular traumática (75%) provinha da região metropolitana e da região central do estado ([Tabela 6]). A região sul apresentou menor encaminhamento, provavelmente pela proximidade da cidade do Rio de Janeiro. Destaca-se o fato de que 9% dos pacientes provinham de outro estado (região sul da Bahia), pois acredita-se que a cidade de Vitória seja o centro de referência mais próximo desses pacientes.


#

Conclusão

Os pacientes submetidos a procedimento cirúrgico por TRM no estado do Espírito Santo são predominantemente homens, com idade média de 44 anos, lesão da coluna cervical por acidente automobilístico, classificados como Frankel A, e provenientes da região metropolitana. A principal complicação apresentada foi a infecção do trato urinário.


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Conflicts of Interest

The authors declare that there are no conflicts of interest in the present work.

  • References

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Address for correspondence

Charbel Jacob Junior, MD
Departamento de Cirurgia da Coluna, Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória
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