CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(03): 242-246
DOI: 10.1055/s-0035-1564887
Case Report | Relato de Caso
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Tratamento cirúrgico de angiomas cavernosos na região da glândula pineal – relato de caso

Article in several languages: English | português
Joseph Franklin Chenisz
1   Medical Student, Universidade Positivo, Curitiba, PR, Brazil
,
Douglas Shun Yokoi
1   Medical Student, Universidade Positivo, Curitiba, PR, Brazil
,
Francine Fudalli
1   Medical Student, Universidade Positivo, Curitiba, PR, Brazil
,
Larissa Luvison
2   Pathologist, Centro de Citologia e Patologia Paraná (Citopar), Curitiba, PR, Brazil
,
Carlos Alberto Mattozo
3   Neurosurgery, Hospital Universitário Cajuru, Curitiba, PR, Brazil
› Author Affiliations
Further Information

Address for correspondence

Joseph Franklin Chenisz, MD
R. Maurício Nunes Garcia, Jardim Botânico
Curitiba, PR, Brazil 80210-150

Publication History

24 July 2015

31 August 2015

Publication Date:
02 October 2015 (online)

 

Resumo

Angioma cavernoso é uma malformação vascular cujo acometimento da região da glândula pineal tem uma probabilidade de ocorrência menor que 1%. Sua etiologia é discutível; entretanto, acredita-se derivar de uma herança autossômica dominante ou de tratamento radioterápico. A ressecção total do angioma permite a cura e evita complicações da evolução natural, principalmente a hemorragia. Paciente do sexo feminino, 67 anos de idade, apresentou quadro de confusão mental e déficit de acuidade visual evoluindo com períodos de agitação psicomotora. A ressonância magnética de crânio, após injeção de contraste, mostrou lesão expansiva lobulada na região da glândula pineal com hipersinal em T1 hipossinal em SWI. Constatou-se hidrocefalia associada, e então a paciente foi submetida à microcirurgia com acesso supracerebelar/supratentorial para remoção completa da lesão. Na sequência, o exame anatomopatológico revelou malformação arteriovenosa, compatível com angioma cavernoso. O angioma cavernoso na glândula pineal, portanto, é uma malformação rara que deve ser considerada no diagnóstico diferencial das lesões expansivas da região da glândula pineal.


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Introdução

Angioma cavernoso é uma malformação vascular que se apresenta normalmente como aglomerados de vasos sanguíneos que têm como característica histológica finas paredes vasculares, e ausência de revestimento elástico, com pouca ou nenhuma intervenção do tecido cerebral. São lesões circunscritas ao interior do parênquima nervoso.[1] [2]

Os locais mais comuns dessa lesão são os hemisférios cerebrais, seguidos de tronco cerebral, seio cavernoso, gânglios da base e tálamo. Considerada uma doença mais relatada no sexo feminino, seu diagnóstico geralmente é feito após manifestações neurológicas relacionadas à localização dos angiomas. Assim, podem ocorrer déficits focais, cefaleia e crises convulsivas. Na atualidade, é muito frequente o achado acidental de imagem em pacientes assintomáticos.[1] [3] [4]

A ressonância magnética é uma técnica de imagem que tem uma maior sensibilidade para a detecção de angiomas.[5] Essa prática mostra uma imagem típica de um anel periférico hipodenso em T2, sugestivo para hemossiderina, e o interior da lesão com uma característica heterogênea.[5] [6]

A remoção cirúrgica possibilita a cura do angioma cavernoso, além de ser a técnica mais aconselhada para evitar as complicações a que essa lesão pode levar com a sua evolução natural, principalmente a hemorragia.[1] [3] [7] A cirurgia estereotáxica guiada é considerada mais segura e rápida para a ressecção total dos angiomas cavernosos cerebrais subcorticais e profundos.[1]

O angioma cavernoso envolvendo a região da glândula pineal tem uma probabilidade de ocorrência menor que 1%.[7] O primeiro caso relatado de angioma na glândula pineal foi no ano de 1961; a malformação foi parcialmente removida, e o paciente faleceu após episódio de hemorragia cerebral. Dessa data até o ano de 2010, foram relatados 21 casos de angioma cavernoso na região da glândula pineal.[3] [7]

O presente estudo relata um caso de angioma cavernoso na topografia da glândula pineal, cursando com hidrocefalia supratentorial, em que se optou por ressecção cirúrgica completa.

Devido à infrequência do angioma cavernoso na região da glândula pineal, e por se tratar de uma lesão passível de cura, consideram-se relevantes os estudos que buscam aprofundar os conhecimentos dessa doença.


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Relato de Caso

E.Z.F.I, mulher de 67 anos, apresentou quadro inicial de visão turva e foi avaliada por oftalmologista que não observou alterações no exame. A paciente teve melhora do quadro no período de 60 dias; porém, 2 meses após esse período, apresentou quadro de confusão mental, déficit de acuidade visual bilateral e ataxia de marcha progressiva, associado à amnésia retrógrada e inversão do ciclo de sono e vigília, permanecendo sonolenta na maior parte do dia e alerta durante a noite. Houve piora no quadro de insônia noturna, confusão mental, além da ataxia de marcha mais acentuada, o que, consequentemente, a restringiu ao leito e à cadeira de rodas, passando, na sequência, a necessitar de auxílio para as atividades básicas do dia a dia.

Três semanas depois, apresentou queda da própria altura, e então foi encaminhada e admitida para avaliação no pronto-socorro. Não houve relato de piora no nível da consciência, vômitos ou cefaleia relacionados ao trauma. Na admissão, a paciente apresentava abertura ocular aos chamados, obedecendo a comandos; encontrava-se confusa, desorientada no tempo e espaço, com períodos de agitação psicomotora. As pupilas estavam isocóricas e com reflexo fotomotor preservado. Apesar de ela não colaborar adequadamente com o exame neurológico, observou-se ausência de déficit motor com a mobilização ativa dos quatro membros. A motricidade ocular extrínseca também não revelava alterações aparentes; porém, possuía déficit de acuidade visual, bilateralmente. Quando colocada para deambular, apresentava marcha atáxica com instabilidade postural.

A tomografia computadorizada de crânio, realizada na admissão, revelou importante dilatação do sistema ventricular. Havia lesão expansiva hiperdensa com aspecto hemorrágico localizada na topografia do teto do mesencéfalo na região da glândula pineal, o que causou hidrocefalia obstrutiva supratentorial.

A ressonância magnética, após injeção de contraste, confirmou a presença de lesão expansiva macrolobulada acometendo a topografia da glândula pineal medindo 17 × 24 × 17 mm. A lesão apresentou hipersinal em T1 ([Fig. 1]) com marcado hiposinal em SWI, sugerindo conteúdo hemático, bem como moderada captação de contraste.

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Fig. 1 Ressonância magnética do encéfalo, após injeção de contraste. Hipersinal em T1.

Essa lesão determinava obliteração do aqueduto cerebral com consequente obstrução dos ventrículos supratentoriais ([Fig. 2]) associada à moderada transudação ependimária revelada por hipersinal em T2 ([Fig. 3]) e FLAIR da substância branca periventricular. A impressão diagnóstica do radiologista foi de uma lesão expansiva de natureza germinativa.

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Fig. 2 Ressonância magnética do encéfalo, após injeção de contraste. Obstrução do sistema ventricular.
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Fig. 3 Ressonância magnética do encéfalo, após injeção de contraste. Hipersinal em T2 revelando transudação ependimária.

Optou-se por realizar microcirurgia com acesso inter-hemisférico supratentorial, supracerebelar. Durante o ato cirúrgico, foi realizada a punção do ventrículo lateral esquerdo com o posicionamento de uma derivação ventricular externa (DVE). O achado operatório foi de uma lesão de coloração violácea e capsulada. A incisão microcirúrgica da lesão revelou seu conteúdo com coágulos organizados e discreta quantidade de tecido nervoso. O laudo do exame anatomopatológico transoperatório de congelação foi compatível com angioma cavernoso, e a lesão foi completamente removida.

No pós-operatório a paciente foi gradualmente acordada na UTI. A DVE foi mantida aberta para drenagem liquórica. A tomografia computadorizada de crânio para controle pós-operatório revelou melhora na dilatação ventricular, remoção total do angioma e pneumoencéfalo. A paciente foi extubada e apresentou melhora progressiva no nível de consciência e acuidade visual. A DVE foi fechada após 48 horas, e a paciente não apresentou alterações no quadro neurológico. A DVE foi retirada, e a paciente recebeu alta da UTI. Uma nova tomografia computadorizada de crânio foi realizada e mostrou ausência de hidrocefalia e eliminação do pneumoencéfalo ([Fig. 4]). Nos dias subsequentes, a paciente apresentou melhora neurológica e recebeu alta hospitalar; estava alerta, orientada, e deambulando com auxílio. Houve melhora de acuidade visual, e apresentava motricidade ocular extrínseca normal. O laudo anatomopatológico definitivo foi compatível com malformação arteriovenosa – angioma cavernoso.

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Fig. 4 Tomografia computadorizada de crânio mostrando ausência de hidrocefalia e de pneumoencéfalo.

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Discussão

O angioma cavernoso é uma malformação vascular e corresponde a 5-13% das lesões no sistema nervoso central.[7] Histologicamente, apresenta finas paredes de células endoteliais separadas por colágeno fibroso, sem revestimento elástico e com pouca ou sem intervenção do parênquima cerebral.[1] [2]

A etiologia do angioma cavernoso é ainda bastante discutida, mas há demonstração de que essa lesão deriva de uma herança autossômica dominante localizada no cromossomo sete[8] existindo ainda a possibilidade de um angioma cavernoso rádio-induzido.[5] A formação de angioma cavernoso rádio induzido é relativamente infrequente, e geralmente ocorre em pacientes pediátricos tratados com radioterapia.[6]

Os locais mais característicos de angiomas cavernosos são hemisférios cerebrais, tronco cerebral, seio cavernoso, gânglio da base e tálamo.[4] As lesões supratentoriais correspondem a 80-90% dos casos; infratentoriais, 15%; e na medula espinhal 5%. Do total de malformações cavernosas, 9 a 35% ocorrem no tronco cerebral[9] e a probabilidade de acometimento da região da glândula pineal é menor que 1%.[5]

O risco para hemorragia nos angiomas cavernosos varia conforme a localização: os situados mais profundamente, como no tronco cerebral, tálamo ou gânglio da base, apresentam risco de 4,1%; nos casos de cavernomas superficiais, 0,4%.[5] [9] Já o risco para uma hemorragia na região da glândula pineal é bastante pequeno.[3] Independentemente da área acometida por angioma cavernoso, uma hemorragia inicial aumenta significativamente um novo episódio de hemorragia.[5] Estudos demonstram que pacientes do sexo feminino têm maior incidência de hemorragias, provavelmente devido a alterações hormonais.[4]

A paciente do caso aqui relatado apresentou sangramento visualizado na imagem de ressonância magnética ([Figs. 1] e [2]), mas não é possível determinar se esse evento foi o primeiro sangramento, pois não existem exames prévios para comparação.

A ressonância magnética é o método de escolha para a detecção e o diagnóstico de angioma cavernoso porque é um exame de maior sensibilidade.[5] A imagem característica de um angioma cavernoso inclui um anel periférico de baixa intensidade, mais sensível em T2, devido à deposição de hemossiderina no parênquima circundante, resultado de pequenas hemorragias que mais comumente exibem um núcleo de intensidade mista em ambas as imagens T1 e T2. ([Fig. 2]). Essas características podem variar conforme as sequências de imagens, pois são determinadas pelos produtos de sangue dentro da lesão e pelo anel circundante de hemossiderina. Apesar de ser uma ferramenta excelente para diagnósticos, é aconselhável que seja complementada com outras sequências de imagens para definição mais precisa da lesão.[10]

O diagnóstico clínico dessa doença é difícil, pois ela pode ser confundida com outras lesões na glândula pineal,[3] como frequentemente ocorre em casos de pineocitomas e pineoblastomas, mas principalmente nos de tumores das células germinativas.[3] Isto geralmente acontece porque os germinomas têm localização mais característica na glândula pineal ou na neuro-hipófise, e sua ocorrência é maior que a de angiomas cavernosos nessa região, variando de 4 a 9%.[11]

As manifestações clínicas relacionadas à doença variam; uma manifestação comum é o sinal de Parinaud, caracterizado principalmente por dificuldade de movimentação ocular, superiormente; outras, podem ser os sinais de hipertensão intracraniana, cefaleia, distúrbios visuais, ataxia de marcha, e alteração do ritmo circadiano. Além destas, ainda há os sinais de hemiparesia, hemi-hipostesia, diabetes insípido e amenorreia, com prolactina elevada, sendo que os distúrbios neuroendócrinos ocorrem principalmente devido ao dano à região do hipotálamo por distensão do assoalho do terceiro ventrículo.

O angioma cavernoso localizado na glândula pineal é acompanhado, normalmente, de hidrocefalia supratentorial com dilatação de ventrículos laterais e terceiro ventrículo, sendo o quarto ventrículo preservado. Pode ocorrer, porém de forma mais rara, obstrução do aqueduto por uma veia subependimária dilatada, funcionando como um canal venoso para o angioma.[12] Pacientes que evoluem com obstrução do aqueduto, causando hidrocefalia, podem apresentar hipertensão intracraniana com cefaleia, confusão mental e rebaixamento do nível de consciência.[3] [4]

Para o tratamento da hidrocefalia supratentorial, do caso aqui relatado, foi realizada uma DVE. Outro método que poderia ser escolhido é a terceiro ventriculostomia, considerado pouco invasivo e com controle visual dos procedimentos. Esse método é visto como um procedimento simples – ao menos que haja variação anatômica no assoalho do terceiro ventrículo, principalmente nos casos de hidrocefalia de longa data – e contribui também como forma menos infecciosa, quando comparado com a derivação ventricular externa.[13] [14] [15]

A cirurgia para a remoção total do angioma cavernoso, do caso aqui relatado, foi realizada por acesso inter-hemisférico supratentorial supracerebelar devido à experiência do cirurgião e à particularidade anatômica da região, que possibilitou o acesso seguro à glândula pineal, seguindo a foice do cérebro e tentório. Outras técnicas cirúrgicas poderiam ser utilizadas, como as técnicas de localização intraoperatória (neuronavegação) ou cirurgia estereotáxica.[16]

Apesar da escolha do cirurgião, a cirurgia estereotáxica tem sido a mais usada nas abordagens de angiomas cavernosos, pois a mortalidade dessas cirurgias é muito baixa, cerca de 2%. A seleção para abordagens normalmente é feita por meio da verificação do tecido cerebral envolto de estruturas, com base nos exames de imagem, como a ressonância magnética. As principais complicações no pós-operatório são as hemorragias e os déficits neurológicos.[17]

A tecnologia mais avançada é a cirurgia por neuronavegação, que consiste no uso de um equipamento capaz de associar imagens dos exames de ressonância magnética do paciente com imagens de magnetoencefalografia obtidas em tempo real, dando ao cirurgião maior precisão, posto que ele possui acesso à anatomia específica do paciente, e possibilidade de um melhor planejamento para as vias de acesso e rotas de aproximação.[18]

A remoção total do angioma cavernoso permite a cura desse tipo de lesão e também é a técnica mais aconselhável para evitar complicações a que essa malformação pode levar com sua evolução natural, como as hemorragias recorrentes, convulsões e os déficits neurológicos.


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Conclusão

Com base neste estudo, considera-se importante que a ocorrência do angioma cavernoso, ainda que rara, seja avaliada nos diagnósticos dos casos de lesões na glândula pineal. No caso aqui relatado, verificou-se que a abordagem cirúrgica associada ao controle da hidrocefalia é uma opção segura para o tratamento dessa doença.


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No conflict of interest has been declared by the author(s).

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Fig. 1 Magnetic resonance imaging scan of the brain after contrast injection. Hypersignal on T1.
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Fig. 2 Magnetic resonance imaging scan of the brain after contrast injection. Obstruction of the ventricular system.
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Fig. 3 Magnetic resonance imaging scan of the brain after contrast injection. Hypersignal on T2 revealed ependymal transudation.
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Fig. 4 Computed tomography scan of the skull showing absence of hydrocephalus and pneumocephalus.
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Fig. 1 Ressonância magnética do encéfalo, após injeção de contraste. Hipersinal em T1.
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Fig. 2 Ressonância magnética do encéfalo, após injeção de contraste. Obstrução do sistema ventricular.
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Fig. 3 Ressonância magnética do encéfalo, após injeção de contraste. Hipersinal em T2 revelando transudação ependimária.
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Fig. 4 Tomografia computadorizada de crânio mostrando ausência de hidrocefalia e de pneumoencéfalo.