Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia 2011; 15(04): 461-467
DOI: 10.1590/S1809-48722011000400009
Original Article
Thieme Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Hearing in children with cleft lip and palate and low weight: comparative study

Audição de crianças com fissura labiopalatina e baixo peso: estudo comparativo
Alyne Michelle de Freitas Lima
1   Graduation. Academy of the Phonoaudiology Course of Faculdade de Odontologia de Bauru - USP.
,
José Roberto Pereira Lauris
2   Free Teaching. Professor Associate of the Department of Odontopedia, Orthodontics e Collective Health of Faculdade de Odontologia de Bauru - USP.
,
Mariza Ribeiro Feniman
3   Postdoctoral in Audiology. Professor in Charge of the Department of Phonoaudiology-FOB-USP.
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

22 March 2011

30 June 2011

Publication Date:
12 February 2014 (online)

Summary

Introduction: The presence of low weight at birth (LW), as well as cleft lip and palate (CLP), end up making children more prone to auditory alterations.

Objective: Verify and compare the hearing of children with cleft lip and palate with and without low weight at birth in the conventional audiological evaluation.

Method: A retrospective and comparative study was made concerning gender, weight at birth, presence/absence of CLP and the result of audiometry and immittance measurements. Three groups of children were formed. G1 with 23 CLP and LW, G2 with 25 CLP but not LW and G3 with 25 children with neither CLP or LW.

Results: There wasn't found any statistically significant differences between the groups in none of the following comparisons: the weight and gender, gender and right/left ear, in relation to the kind of tympanometric curve, presence of hearing loss, type of hearing loss and degree of the hearing loss.

Conclusion: A greater auditory impairment, evidenced by the presence of light to moderate degree of conductive hearing loss, was found in children with cleft lip and palate (G1 and G2), regardless of the presence of low weight at birth, when compared to those without this kind of malformation.

Resumo

Introdução: A presença de baixo peso ao nascer (BP), assim como a fissura labiopalatina (FLP), acabam por tornar as crianças mais propensas às alterações auditivas.

Objetivo: verificar e comparar a audição de crianças com fissura labiopalatina com e sem baixo peso ao nascimento na avaliação audiológica convencional.

Método: Foi realizado estudo retrospectivo e comparativo no que se refere ao gênero, peso ao nascimento, presença/ausência de FLP e ao resultado da audiometria e imitanciometria. Três grupos de crianças foram constituídos. G1 com 23 FLP e BP, G2 com 25 FLP e sem BP e G3 com 25 sem FLP e sem BP.

Resultados: Não foi encontrada diferença estatística significante entre os grupos na comparação do peso e gênero, bem como quanto, ao gênero e orelhas direita e esquerda, em relação ao tipo da curva timpanométrica, presença de perda auditiva, tipo de perda auditiva e grau da perda auditiva.

Conclusão: Um maior comprometimento da audição, evidenciado pela presença de perda auditiva condutiva de grau leve a moderada foi encontrado nas crianças com fissura labiopalatina (G1 e G2), independente da presença de baixo peso ao nascimento, quando comparada as sem este tipo de malformação craniofacial.

 
  • Bibliographic References

  • 1 Tiensoli LO, Goulart LMHF, Resende LM, Colosimo EA. Triagem auditiva em hospital público de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: deficiência auditiva e seus fatores de risco em neonatos e lactentes. Cad Saúde Pública 2007; 23 (6) 431-41
  • 2 Fernández-Sanabria RV. Valor de Hemoglobina em la gestante y su relación com el parto pretérmino y peso del recién nacido en pacientes atendidas en el Hospital Santa Rosa durante el periodo Abril 2001- Octubre 2001. [Dissertação]. Lima(Peru): Universidad del Peru - Facultad de Medicina; 2002
  • 3 Vieira EP, Miranda EC, Azevedo MF, Garcia MV. Ocorrência dos indicadores de risco para a deficiência auditiva infantil no decorrer de quatro anos em um programa de triagem auditiva neonatal de um hospital público. Rev Soc Bras Fonoaudiol 2007; 12 (3) 214-20
  • 4 Oliveira LN, Lima MCMP, Gonçalves VMG. Acompanhamento de lactentes com baixo peso ao nascimento: aquisição de linguagem. Arq Neuropsiquiatr 2003; 61 (3–B): 802-7
  • 5 Azevedo MF, Vieira RM, Vilanova LCP. Desenvolvimento auditivo de crianças normais e de alto risco. São Paulo: Plexus; 2001
  • 6 Oliveira ES. Triagem auditiva em recém-nascidos prematuros no município de Itapetininga, São Paulo [tese]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Departamento de Saúde Materno-Infantil; 2005
  • 7 Pereira PKS, Martins AS, Vieira MR, Azevedo MF. Programa de triagem auditiva neonatal: associação entre perda auditiva e fatores de risco. Pró-Fono 2007; 19 (3) 267-78
  • 8 Peñazola-López YR, Castillo-Maya G, García-Pedroza F, Sánchez-López H. Hipoacusia-sordera asociada a condiciones perinatales adversas según registro en unidad especializada de la Ciudad de México. Análisis em función del peso al nacimiento. Acta Otorrinolaringol Esp 2004; 55: 252-9
  • 9 Joint Committee on Infant Hearing. Year 2007. Position Statement: Principles and Guidelines for Early Hearing Detection and Intervention Programs. Pediatrics 2007; 120 (4) 898-921
  • 10 Silva AA, Maudonnet OAQ. Complicações otológicas em crianças fissuradas. Rev Bras Otorrinolaringol 1990; 56 (4) 151-4
  • 11 Mello J, Kumar S. Audiological findings in cleft palate patients attending speech camp. Indian J Med Res 2007; 125: 777-82
  • 12 Feniman MR. Saúde auditiva do indivíduo com anomalias craniofaciais: fissura labiopalatina. In: Jesus MSV, Di Ninno CQMS, (org). Fissura labiopalatina: fundamentos para a prática fonoaudiológica. São Paulo: Roca; 2009. . p. 179–90
  • 13 Russo ICP, Santos TMM. Interpretação dos resultados da avaliação audiológica. In: Russo ICP, Santos TMM. A prática da audiologia clínica. São Paulo: Cortez; 1993. . p.191–212.
  • 14 BIAP recommendation n° 02/1 bis. Audiometric classification of hearing impairments. Disponível em: www.biap.org . Acesso em: 26 de maio de 2011.
  • 15 Jeger J. Clinical experience with impedance audiometry. Arch Otolaryng 1970; 92: 311-24
  • 16 Lichtig I, Monteiro SRG, Couto MIV, Haro FMB, Campos MSC, Vaz FAC , et al. Avaliação do comportamento auditivo e neuropsicomotor em lactentes de baixo peso ao nascimento. Rev Ass Med Brasil 2001; 47 (1) 52-8
  • 17 Caçola P, Tatiana Godoy Bobbio TG. Baixo peso ao nascer e alterações no desenvolvimento motora realidade atual. Rev Paul Pediatr 2010; 28 (1) 70-6
  • 18 Rugolo LMSS. Peso de nascimento: motivo de preocupação em curto e longo prazo. J Pediatr 2005; 81 (5) 359-60
  • 19 Fanaroff JM, Wilson-Costello DE, Newman NS, Montpetite MM, Fanaroff AA. Treated Hypotension Is Associated With Neonatal Morbidity and Hearing Loss in Extremely Low Birth Weight Infants. Pediatrics 2006; 117 (4) 1131-5
  • 20 Cristobal R, Oghalai JS. Hearing loss in chilfren with very low birth weight: current review of epidemiology and pathophysiology. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2008; 93: 462-8
  • 21 Roth DA-E, Hildesheime M, Maayan-Metzger A, Muchnik C, Hamburger A, Mazkeret R, Kuint J. Low prevalence of hearing impairment among very low birth weight infants as detected by universal neonatal hearing screening. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2006; 91: 257-62
  • 22 Tunçbilek G, Özgür F, Belgin E. Audiologic and tympanometric findings in children with cleft lip and palate. Cleft Palate Craniofac J 2003; 40 (3) 304-9
  • 23 Amaral MIR, Martins JE, Santos MFC. Estudo da audição em crianças com fissura labiopalatina não-sindrômica. Braz. J otorhinolaryngol 2010; 76 (2) 164-71
  • 24 Antonelli P, Jorge J, Feniman M, Piazentin-Penna S, Dutka-Souza J , Seagle, et al 2010; Otologic and audiologic outcomes with the Furlow and Von Langenbeck with intravelar veloplasty palatoplastics in unilateral cleft lip and palate. Disponível em: http://www.cpcjournal.org/toc/cpcj/0/0 em 23.03.2011.
  • 25 Paliobei V, Psifidis A, Anagnostopoulos D. Hearing and speech assessment of cleft palate patients after palatal closure. Long-term results. Int J Pediatr Otorhinolaryngol 2005; 69 (10) 1373-81
  • 26 Ramana YV, Nanda V, Biswas G, Chittoria R, Ghosh S, Sharma RK. Audiological profile in older children and adolescents with unrepaired cleft palate. Cleft Palate Craniofac J 2005; 42 (5) 570-3
  • 27 Souza D, Di Ninno CQMS, Borges GP, Silva TM, Miranda ES. Perfil audiológico de indivíduos operados de fissura de palato no hospital da baleia de Belo Horizonte. Acta ORL 2006; 24 (3) 170-3
  • 28 Namyslowski G, Kubik P. 226Hz and high frequency tympanometry in children with cleft lip and/or palate. Otolaryngol Pol 1996; 50 (1) 73-80
  • 29 Feniman MR, Souza AG, Jorge JC, Lauris JRP. Achados otoscópicos e timpanométricos em lactentes com fissura labiopalatina. Rev Bras Otorrinolaringol 2008; 74 (2) 248-52
  • 30 Harris PK, Hutchinson KM, Moravec J. The use of tympanometry and pneumatic otoscopy for predicting middle ear disease. Am J Audiol 2005; 14: 3-13
  • 31 Combs JT. The diagnosis of otitis media: new techniques. Pediatr Infect Dis J 1994; 13: 1039-46
  • 32 Fowler CG, Shanks JE. Tympanometry. In: Katz J, Burkard RF, Medwetsky L. Handbook of clinical audiology. 5th ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2002: 175-204 .31. Pensak M. Cholesteatoma. In: Tami TA. Otolaryngology: a case study approach. New York: Thieme, 1998:17–20.
  • 33 Carvallo MMR. Procedimentos em Audiologia. Em: Fonoaudiologia: Informação para Formação. 1ª edição. São Paulo: Ed Guanabara Koogan; 2003