ABSTRACT
Background: Data on prescribing patterns of antiepileptic drugs (AEDs) to older adult inpatients
are limited. Objective: To assess changes in prescribing patterns of AEDs to older adult inpatients with
late-onset epilepsy between 2009-2010 and 2015-2019, and to interpret any unexpected
patterns over the 2015-2019 period. Methods: Patients aged ≥60 years with late-onset epilepsy from a tertiary center were selected.
Demographic data, seizure characteristics and etiology, comorbidities, and comedications
were analyzed, in addition to prescription regimens of inpatients taking AEDs to treat
epilepsy. AED regimens were categorized into two groups: group 1 included appropriate
AEDs (carbamazepine, oxcarbazepine, valproic acid, gabapentin, clobazam, lamotrigine,
levetiracetam, topiramate, and lacosamide); and group 2 comprised suboptimal AEDs
(phenytoin and phenobarbital). Multivariate logistic regression analysis was performed
to identify risk factors for prescription of suboptimal AEDs. Results: 134 patients were included in the study (mean age: 77.2±9.6 years). A significant
reduction in the prescription of suboptimal AEDs (from 73.3 to 51.5%; p<0.001) was
found; however, phenytoin remained the most commonly prescribed AED to older adult
inpatients. We also found an increase in the prescription of lamotrigine (from 5.5
to 33.6%) and levetiracetam (from 0 to 29.1%) over time. Convulsive status epilepticus
(SE) and acute symptomatic seizures associated with remote and progressive etiologies
were risk factors for the prescription of suboptimal AEDs. Conclusions: Phenytoin was the main suboptimal AED prescribed in our population, and convulsive
SE and acute symptomatic seizures associated with some etiologies were independent
risk factors for phenytoin prescription. These results suggest ongoing commitment
to reducing the prescription of suboptimal AEDs, particularly phenytoin in Brazilian
emergence rooms.
RESUMO
Introdução: Os dados referentes à prescrição de drogas antiepilépticas (DAE) em pacientes idosos
hospitalizados são limitados. Objetivo: Avaliar as mudanças no padrão de prescrição de DAE em idosos hospitalizados com
epilepsia de início tardio, entre 2009-2010 e 2015-2019, e interpretar quaisquer padrões
inesperados no período de 2015-2019. Métodos: Foram selecionados pacientes com ≥60 anos com epilepsia de início tardio admitidos
em um centro terciário. Analisamos os dados demográficos, as características e etiologia
das crises, as comorbidades e as comedicações. Foram avaliados os esquemas de prescrição
das DAE no tratamento de epilepsia para pacientes internados. Os regimes de DAE foram
categorizados em dois grupos: o grupo 1 incluiu as DAE apropriadas (carbamazepina,
oxcarbazepina, ácido valproico, gabapentina, clobazam, lamotrigina, levetiracetam,
topiramato e lacosamida); e o grupo 2 compreendeu as DAE subótimas (fenitoína e fenobarbital).
A análise de regressão logística multivariada foi realizada para identificar fatores
de risco para prescrição de DAE subótimas. Resultados: Foram incluídos 134 pacientes (idade média: 77,2±9,6 anos). Encontramos uma redução
significativa do uso das DAE subótimas (73,3 para 51,5%; p<0.001); entretanto, a fenitoína
permaneceu sendo a DAE mais prescrita para os idosos hospitalizados. Também encontramos
um aumento na prescrição da lamotrigina (5,5 para 33,6%) e do levetiracetam (0 para
29,1%) no período. O estado de mal epiléptico (EME) convulsivo e as crises agudas
sintomáticas que estiveram associadas a etiologias remotas e progressivas foram fatores
de risco para prescrição de DAE subótimas. Conclusões: A fenitoína foi a principal DAE subótima prescrita em nossa população, e o EME convulsivo
e as crises agudas sintomáticas associadas a algumas etiologias foram fatores independentes
de risco para a prescrição da fenitoína. Esses resultados sugerem a necessidade de
compromisso contínuo para reduzir a prescrição de DAE subótimas, particularmente a
fenitoína nas salas de emergência brasileiras.
Keywords: Aged - Antiepileptic Drugs - Epilepsy - Inpatients - Seizures
Palavras-chave: Idoso - Anticonvulsivantes - Epilepsia - Paciente Internados - Convulsões