ABSTRACT
The result of more than thirty years of research, anti-CGRP monoclonal antibodies
are currently the state of the art for migraine preventive therapy. Their efficacy
and safety, supported by an already large and growing body of evidence, are added
by many other advantages: an early onset of action, favorable posology, negligible
pharmacological interaction, and a broad-reaching efficacy in many challenging clinical
contexts. When compared to standard prophylactics, these novel medications seem at
least as efficacious, clearly more tolerable and, consequently, with a superior adherence
profile. Furthermore, recently published analyses indicate that they are cost-effective,
especially among those with chronic migraine. Yet, current guidelines endorse their
use only after multiple other preventives have failed or have been deemed not tolerable.
Although this recommendation may have been sensible at first, the now available data
strongly point that time has come for anti-CGRP monoclonal antibodies to be acknowledged
as first-line treatments for migraine patients with severe disability. For these individuals,
delaying treatment until several other alternatives have failed incurs in significant
losses, both economically and to many relevant aspects of their lives.
RESUMO
Frutos de mais de 30 anos de pesquisa, os anticorpos monoclonais anti-CGRP são atualmente
o que há de mais moderno no tratamento preventivo da migrânea. À sua eficácia e segurança,
já bem estabelecidos por um grande corpo de evidências, acrescentam-se outras vantagens:
um início precoce de ação, posologia favorável, mínima interação farmacológica, e
eficácia comprovada em uma variedade de contextos clínicos frequentemente desafiadores.
Quando comparados a outros profiláticos, estas medicações aparentam ser ao menos tão
eficazes, evidentemente mais toleráveis e, portanto, com melhor perfil de adesão.
Ademais, estudos recentemente publicados indicam que elas são custo-efetivas, especialmente
entre pacientes com migrânea crônica. Ainda assim, as diretrizes atuais orientam o
seu uso apenas caso haja refratariedade ou intolerância a múltiplos outros preventivos.
Apesar de esta recomendação poder ter sido sensata a priori, os dados disponíveis atualmente corroboram que já é tempo de estes anticorpos monoclonais
serem reconhecidos como tratamentos de primeira linha para a migrânea associada à
incapacidade grave. Para estes pacientes, demorar a oferecer este tratamento até que
outras múltiplas alternativas tenham falhado, leva a perdas significativas, tanto
economicamente quanto em múltiplos outros aspectos relevantes das suas vidas.
Keywords:
Migraine Disorders - Antibodies, Monoclonal - Calcitonin Gene-Related Peptide Receptor
Antagonists - Cost-Benefit Analysis
Palavras-chave:
Transtornos de Enxaqueca - Anticorpos Monoclonais - Antagonistas do Receptor do Peptídeo
Relacionado ao Gene de Calcitonina - Análise Custo-Benefício