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DOI: 10.1055/s-0044-1797129
DIAGNÓSTICO TARDIO DE PERFURAÇÃO DA TERCEIRA PORÇÃO DUODENAL POR DESLOCAMENTO DE PRÓTESE TRANSCOLEDOCIANA EM PACIENTE COM NEOPLASIA AVANÇADA DAS VIAS BILIARES
Authors
Apresentação do caso: I, T, P, S, S. 51 anos, feminino. Paciente encaminhada ao Hospital do Câncer de Barretos unidade de Porto Velho com quadro de icterícia, perda ponderal, colúria e acolia. Havia realizado CPRE e colocação de prótese no dia 21/11/2016. Paciente retorna em 8/12/2016 com queda do estado geral, febril e dor abdominal. Ao exame com plastrão no flanco e fossa ilíaca direita. Solicitado tomografia com coleção na topografia do fundo de saco posterior de 23,5 × 17, 3 × 10,7 cm e coleção na topografia do mesogástrio medindo 17, 4 × 5, 9 cm, próximo à terceira porção duodenal e com sinais de retro-pneumoperitonio. A prótese biliar com extremidade distal na terceira porção do duodeno sugestivo de perfuração. Realizada abordagem retro-peritoneal com incisão oblíqua acima do ligamento inguinal direito e drenagem abscesso com 1500 ml. Em 12/11/2016 foi submetida à troca da prótese biliar. Tomografia de controle dia 13/12/2016 revelou redução da coleção junto ao fundo de saco, agora de 11,5 × 10,2 cm. Decidido por nova abordagem retro-peritoneal, com incisão do tipo Gibson à esquerda e drenagem. Nova tomografia em 20/12/2016 apresentando remissão completa da coleção de fundo de saco. Em 23/12/2016 indicado laparotomia mediana com abordagem trans-peritoneal de coleção retro-peritoneal junto à terceira porção duodenal, através de acesso pela goteira à direita e saída de 200 ml de secreção espessa. Recebeu alta hospitalar dia 01/01/2017 com remissão completa das coleções. Discussão: As perfurações duodenais CPRE conhecidas como “janela posterior” são as complicações mais temidas e podem ser encontradas em 0,5 a 2,1% dos procedimentos pós-papilotomia. A cirurgia faz parte da abordagem terapêutica e em muitos casos com um índice de morbi-mortalidade relativamente alto. No caso descrito em nossa unidade a perfuração na terceira porção não está relacionada diretamente ao processo da esfincterotomia e sim ao deslocamento de uma prótese longa que comprime e perfura a parede duodenal. Comentários finais: Apesar da perfuração pós CPRE do tipo “janela posterior” ser um evento descrito, a perfuração por deslocamento da prótese é extremamente rara. A abordagem retroperitoneal em três tempos foi de extrema importância para o desfecho do caso.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
10. Juli 2025
© 2017. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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