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CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-233
DOI: 10.1055/s-0044-1797126
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TEMÁRIO: TUMORES HEPATOBILIOPANCREÁTICOS

EMPREGO DA TÉCNICA DE ALPPS PARA HEPATECTOMIA DIREITA ESTENDIDA PARA TRATAMENTO DE METÁSTASES HEPÁTICAS DE LEIOMIOSSARCOMA RETROPERITONEAL

Autoren

  • Erico Pereira Cadore

  • Antonio Nocchi Kalil

  • Lorena Luiza Siqueira Marques

  • Luiggi Anselmo Leonardi

  • Luiz Henrique Locks Correa

  • Tiago Auatt Paes Remonti

  • Vitor Arce Cathcart

  • Lucas Gonçalves Matte

Apresentação do caso: Paciente feminina, 55 anos, com história prévia de Leiomiossarcoma Retroperitoneal, Grau II, com íntimo contato com duodeno, hilo hepático e veia cava inferior, submetida a ressecção R0 do tumor primário e reconstrução com prótese vascular em 2013, teve diagnosticada, após 2 anos de seguimento, recidiva hepática restrita ao lobo direito (lesões confluentes em segmentos V, VI, VII e VIII). Foi tratada com 6 ciclos de Adriblastina e Dacarbazina, apresentou aumento das lesões após 8 meses, optando-se então por troca da quimioterapia (QT), sendo realizados 6 ciclos de Docetaxel e Gencitabina. Após 4 meses do término da QT, manteve doença estável, sendo indicada embolização venosa portal (EVP) percutânea para hipertrofiar o lobo esquerdo, e viabilizar uma hepatectomia direita estendida. Com a EVP não tendo sucesso, indicou-se hepatectomia pela técnica de ALPPS. Num intervalo de 10 dias após 1° tempo cirúrgico, sem complicações, e hipertrofia do fígado remanescente foi de 116% (de 243 para 526cm3), prosseguiu-se ao 2° estágio. Houve necessidade de drenagem percutânea de coleção perihepática, com evolução pós-operatória favorável e alta hospitalar no xx dia. Discussão: A técnica de ALPPS é um opção cirúrgica de hepatectomia em dois estágios (bipartição hepática e ligadura portal, e posterior ressecção) para induzir hipertrofia significativa em situações em que o futuro remanescente hepático (FRH) é insuficiente, tentando-se evitar a insuficiência hepática. A principal indicação do ALPPS ocorre após a falha da hipertrofia do FRH, após tentativa de EVP, e frequentemente é realizada em pacientes com QT prévia. Tendo uma morbimortalidade alta, a opção pela técnica deve pesar os riscos e benefícios da abordagem cirúrgica. O “ALPPS parcial” é uma variação que visa diminuir a morbidade do 1° tempo cirúrgico e aumentar a taxa de ressecções no 2° estágio. Fatores associados a pior desfecho perioperatório incluem idade superior a 67 anos, tumores de origem biliar e complicações maiores no intervalo cirúrgico, contudo mais estudos devem definir os desfechos oncológicos a longo prazo. Sendo uma indicação infrequente, e de casuística predominante colorretal, é ainda mais incomum em sarcomas. Comentários finais: O ALPPS é uma técnica factível e importante para o armamentário cirúrgico. Padronização quanto à seleção de pacientes, indicações, técnicas cirúrgicas devem ser melhor definidos para otimizar os resultados perioperatórios e oncológicos.



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10. Juli 2025

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