Open Access
CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2017; 13(S 01): 1-84
DOI: 10.1055/s-0044-1796774
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TEMÁRIO: HEMATOLOGIA

ANCESTRALIDADE AMERÍNDIA ASSOCIADA À TOXICIDADE DE PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA TRATADOS COM MESILATO DE IMATINIBE NA REGIÃO NORTE DO BRASIL

Karla Beatriz Cardias Cereja Pantoja
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Tereza Cristina de Brito Azevedo
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Darlen Cardoso de Carvalho
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Marianne Rodrigues Fernandes
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Roberta Borges Andrade
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Amanda Cohen de Nazaré Lima de Castro
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Juliana Carla Gomes Rodrigues
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Natasha Monte da Silva
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Luciana Pereira Colares Leitão
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
,
Ney Pereira Carneiro dos Santos
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
› Author Affiliations

Introdução: O mesilato de Imatinibe é um fármaco alvo específico que melhorou a sobrevida e o bem-estar dos pacientes com Leucemia mieloide crônica (LMC) e é utilizado como tratamento de primeira linha da LMC. A principal característica dessa leucemia é a presença do cromossomo filadelfia, que consiste na translocação cromossômica entre os cromossomos 9 e 22 [t(9;22) (q34; q11)], e resulta na formação da proteína BCR-ABL com atividade enzimática tirosina-quinase constitutiva e desregulada. Aproximadamente 25% dos pacientes que utilizam o mesilato de imatinibe têm resistência ao medicamento, seja por toxicidade ou por falha na resposta. Ainda que os eventos de toxicidade grave ao mesilato de imatinibe sejam raros, há casos em que é necessária a interrupção do tratamento por esta causa. Sabe-se que a ancestralidade é um fator que influencia a resposta ao tratamento em alguns esquemas quimioterápicos e já é utilizado como critério para a dosagem correta. Denota-se então a importância do estudo da ancestralidade, principalmente em populações miscigenadas como a da região norte do Brasil, que compõem a amostra desse estudo. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a ancestralidade genômica como um potencial fator de risco a toxicidades à terapia com mesilato de imatinibe. Método: A amostra foi formada por 105 pacientes com LMC e tratados com mesilato de Imatinibe atendidos em um hospital de referência em tratamento Oncológico do Estado do Pará. A análise genética foi feita por um painel de 61 marcadores de informativos de ancestralidade em duas reações de PCR multiplex. As proporções individuais da ancestralidade genômica foi estimada no software Structure e as análises estatísticas no programa SPSS 23.0. Resultados: Observamos que entre os pacientes investigados 8% desenvolveram algum tipo de toxicidade. Em relação às médias de ancestralidade obtivemos os seguintes dados: europeus (paciente sem toxicidade - 47%; pacientes com toxicidade – 37%), africanos (paciente sem toxicidade – 24%; pacientes com toxicidade – 18%) e ameríndios (paciente sem toxicidade – 29%; pacientes com toxicidade – 45%). Foram encontradas diferenças estatisticamente significativa para a ancestralidade ameríndia nos grupos com e sem toxicidade (p= 0,04). Conclusão: Concluimos que a elevada contribuição ameríndia é um fator importante associado com o desenvolvimento à toxicidade a terapia com o mesilato de imatinibe.



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Article published online:
10 July 2025

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