CC BY 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo)
DOI: 10.1055/s-0044-1785657
Artigo Original

Artéria mediana persistente e síndrome do túnel do carpo: Um estudo retrospectivo

Article in several languages: português | English
Yago de Andrade Fonseca Felix
1   Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
,
Vitor Henrique de Lima Pistilli
1   Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
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1   Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
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Filipe Jun Shimaoka
1   Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
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Luiz Garcia Mandarano-Filho
1   Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
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Nilton Mazzer
1   Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
› Author Affiliations

Resumo

Objetivo Este é um estudo retrospectivo acerca da persistência da artéria mediana associada à síndrome do túnel do carpo (STC).

Métodos Este é um estudo retrospectivo da persistência da artéria mediana e STC. Os critérios de exclusão foram pacientes que não apresentavam artéria mediana persistente, aqueles que eram diabéticos ou reumatoides e os que decidiram não realizar a cirurgia. Apenas 25 pacientes foram elegíveis para este estudo retrospectivo.

Resultados A trombose da artéria mediana apresentou diferenças estatísticas considerando as variáveis sexo (p = 0,009), achados eletroneuromiográficos (p = 0,021), profissão (p = 0,066) e “duração total desde o início dos sintomas” (p = 0,055). A atrofia da musculatura tenar não apresentou diferenças estatísticas à comparação das variáveis. O nervo mediano bífido apresentou diferenças estatísticas em comparação aos testes provocativos (p = 0,013), frequência dos sintomas (p = 0,001) e idade (p = 0,028).

Conclusão Embora incomum, a persistência da artéria mediana deve ser considerada um diagnóstico diferencial da STC. A ultrassonografia é um método confiável para prever a anatomia do túnel do carpo. O início tardio e os sintomas podem influenciar a trombose arterial e piorar os sintomas.

Suporte Financeiro

Os autores não receberam suporte financeiro para estudo, autoria e/ou publicação deste artigo.


Estudo desenvolvido no Departamento de Ortopedia e Anestesiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil




Publication History

Received: 26 June 2022

Accepted: 18 January 2023

Article published online:
13 May 2024

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