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DOI: 10.1055/s-0044-1781267
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA RECIDIVANTE POR MALFORMAÇÃO VASCULAR EM COLOSTOMIA
Authors
milachiquetti5@hotmail.com
Apresentação do Caso Relatamos o caso de um paciente do sexo masculino, de 67 anos, com histórico de câncer colorretal havia 1 ano, submetido a retossigmoidectomia com colostomia terminal e adjuvância. Pele pocurou o Serviço de Emergência com histórico de sangramento vermelho vivo havia um dia em colostomia, com a presença de coágulos, e evoluiu com hipotensão e lipotimia. Foi internado no Serviço de Coloproctologia, e foi realizada endoscopia digestiva alta, com úlceras gástricas ativas sem sangramento ativo ou recente. O paciente foi submetido a colonoscopia por ostomia, sem alterações. Obteve estabilização do sangramento, com alta para investigação ambulatorial. Retornou ao serviço por mais duas vezes com sangramentos volumosos, autolimitados em dois dias de internação. Ao exame físico, foram observadas fezes de colostomia esverdeadas, sem sinais de melena ou enterorragia ao toque, mas foram percebidos coágulos aderidos às bordas da colostomia e na bolsa de colostomia. Realizou-se angiotomografia, que mostrou hérnia paracolostômica, com circulação mesentérica congesta. Indicou-se tratamento cirúrgico, com colectomia da área que apresentava malformação vascular e reconstrução do trânsito intestinal. Porém, o paciente negou o tratamento proposto e optou por retornar ao serviço médico de origem, onde fora realizada a primeira cirurgia.
Discussão Varizes periestomais são derivações portossistêmicas ectópicas que se desenvolvem em volta de uma colostomia ou ileostomia. Causam sério comprometimento da qualidade de vida, com hemorragias, anemias e hospitalização recorrente, e atingem mortalidade de 3% a 4% quando sangram. Ao todo, 53% dos pacientes com hipertensão portal submetidos a ostomias apresentam essa complicação. Manifestam-se por áreas azuladas em volta do estoma ou em “cabeça de medusa”. Ultrassonografia com Doppler, tomografia computadorizada e angiorressonância magnética complementam o diagnóstico. Cuidados locais da ferida, curativos compressivos, ligadura com sutura, cauterização e escleroterapia por injeção têm resultados variáveis de eficácia, alta taxa de recorrência de sangramento e alto risco de necrose. Punção percutânea direta da variz intra-abdominal com embolização e descompressão portal com desvio cirúrgico são medidas invasivas relatadas.
Comentários Finais Apesar das várias abordagens para as varizes periestomais, nenhuma foi instituída como preferencial. Ademais, poucos pacientes sem comorbidades hepáticas apresentam a condição, como no caso aqui apresentado. Portanto, futuros estudos devem objetivar a melhor compreensão dessa complicação.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
27. Februar 2024
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