RETOSSIGMOIDECTOMIA PERINEAL NO TRATAMENTO DE PROCIDÊNCIA RETAL

[e-mail]

Introdução A procidência retal refere-se à protrusão completa de todas as camadas do reto através do esfíncter anal externo. É uma patologia pouco comum, e afeta cerca de apenas 0,5% da população. Atinge todas as idades, mas é mais comum em idosos e em pessoas do sexo feminino. O tratamento é cirúrgico; entretanto, a escolha da técnica de abordagem ainda não é consenso na literatura. O procedimento de Altemeier (retossigmoidectomia perineal) é uma das opções terapêuticas que tem apresentado bons resultados.

Objetivo Discorrer acerca do emprego da técnica cirúrgica de Altemeier para o tratamento de procidência retal em um hospital universitário de Mato Grosso, bem como analisar sua eficácia, as complicações e as recidivas.

Materiais e Msétodos Foi realizado um estudo retrospectivo, no qual foram analisados dados de prontuários de pacientes com procidência retal submetidos a retossigmoidectomia perineal, operados em um hospital universitário do estado de Mato Grosso, de maio de 2019 a maio de 2023. A amostra obtida foi de 11 pacientes com idades entre 16 e 86 anos, sendo 10 do sexo feminino e 1 do sexo masculino.

Resultados Ao todo, 11 pacientes fizeram parte da pesquisa, sendo 10 (90,9%) mulheres e 1 (9,1%) homem. Cerca de 36,36% apresentavam hipertensão arterial crônica. Apenas uma paciente, no qual a abordagem já era de recidiva da procidência retal, apresentou complicação precoce, e necessitou da confecção de colostomia. Três pacientes mantiveram queixa de incontinência fecal após um ano de cirurgia. Cerca de 45,45% dos pacientes apresentaram recidiva. Um paciente teve como indicação a retossigmoidectomia perianeal como procedimento de urgência devido a necrose da procidência retal e alto risco cirúrgico, e teve evolução pós-operatória satisfatória.

Conclusão Apesar de estar associada a maiores taxa de recorrência de procidência retal, a cirurgia de Altemeier é uma alternativa terapêutica eficaz para o tratamento, pois propicia rápida recuperação, além de apresentar menores complicações pós-operatórias, baixas taxas de morbimortalidade e ser menos invasiva quando comparada à via abdominal.

Publikationsverlauf

Artikel online veröffentlicht:
27. Februar 2024