HEMORROIDECTOMIA À MILLIGAN-MORGAN: AINDA HÁ LUGAR NA ERA DA ANOPEXIA MECÂNICA E DA DESARTERIALIZAÇÃO TRANSANAL?

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Introdução A doença hemorroidária é de alta prevalência na população mundial. Seu tratamento cirúrgico é indicado quando não há resolução por meio do tratamento conservador, ou como opção inicial para pacientes sintomáticos com hemorroidas de graus III e IV. Diferentes técnicas cirúrgicas têm sido realizadas, como a hemorroidectomia aberta (Milligan-Morgan) ou fechada (Ferguson), anopexia mecânica (PPH) e desarterialização transanal (THD). A operação de Milligan-Morgan é amplamente utilizada e preferida por vários cirurgiões.

Objetivo Apresentar os resultados da operação de Milligan-Morgan realizada em um hospital universitário.

Materiai se Métodos Foram revisados os dados dos protuários médicos dos pacientes operados pela técnica Milligan-Morgan de 1991 a 2023. As variáveis coletadas foram: idade, sexo, tempo de internação e complicações.

Resultados Foram operados 735 pacientes: 712 pela técnica de Milligan-Morgan (96,8%); 10, por Ferguson; 6 PPH; e 7, por outros métodos. Procedimentos concomitantes foram realizados em 12 pacientes, sendo 5 esfincterotomias laterais internas subcutâneas e 7 fistulotomias. A média de idade dos pacientes operados pela técnica de Milligan-Morgan foi de 45,8±12,08 anos, sendo 376 homens (52,8%). A permanência hospitalar foi de 1 dia para maioria dos pacientes (88,6%). Ocorreram complicações em 37 pacientes (5,2%), sendo as mais frequentes foram retenção urinária e sangramento da ferida.

Conclusão A operação de Milligan-Morgan é a técnica mais utilizada na instituição analisada e, ainda que existam complicações, estas ocorreram em pequeno número de pacientes e foram de baixa complexidade, o que contribui para a continuidade de sua utilização, apesar do surgimento de novas técnicas.

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Article published online:
27 February 2024