RSS-Feed abonnieren

DOI: 10.1055/s-0044-1781034
PROCTOCOLECTOMIA TOTAL DEVIDO À RETOCOLITE ULCERATIVA REFRATÁRIA AO TRATAMENTO CLÍNICO: UM RELATO DE CASO
batannus@gmail.com
Relato de Caso Em 2010, o paciente V.S.C, do sexo masculino, de 35 anos, procurou atendimento devido a cólica, diarreia e perda ponderal. Realizou-se colonoscopia, que evidenciou transverso e reto com criptite exsudativa e microabscessos, e presecreveu-se sulfassalazina por dois anos. Frente à piora colonoscópica, em 2012 optou-se pelo uso de mesalazina; porém, teve efeito colateral, ao causar pancreatite aguda, e prescreveu-se azatioprina. Em 2014, o paciente perdeu resposta terapêutica, e foi iniciada pulsoterapia. Em 2016, iniciou-se infliximabe com boa resposta por 1 ano, mas, em 2017, o paciente apresentou pancolite ulcerada crônica moderadamente grave. Pela perda da resposta à medicação, optou-se pelo adalimumabe. Porém, em 2019, apresentou piora do padrão colonoscópico, perda ponderal e diarreia. Optou-se pela pulsoterapia e início do vedolizumabe. Em 2020, o paciente fez nova colonoscopia, que mostrou RCU leve. Já em 2021, apresentou melhora do quadro evacuatório, mas mantinha a corticodependência. Na tentativa de desmame, o paciente apresentou diarreia e lesões dermatológicas. Realizou-se colonoscopia, a qual evidenciou pancolite ulcerativa. Devido À piora clínica, optou-se pelo início do ustequinumabe. Sob corticodependência, sem apresentar melhora clínica, laboratorial ou colonoscópica, foi indicada a proctocolectomia total com ileostomia terminal, realizada em 2022. A reconstrução do trânsito intestinal em bolsa ileal foi realizada em 2023.
Discussão A técnica mais empregada na formação do reservatório ileal é a bolsa em “J”. Existem ainda as bolsas em “S” e “W, mas/ a bolsa em “J” é tecnicamente mais fácil e rápida de ser construída, especialmente com o uso de grampeadores lineares e circulares, e deve ter um comprimento de 10 cm a 15cm para funcionar como um bom reservatório fecal. Existem complicações pós-operatórias, como a taxa de morbidade, que não pode ser descartada. Os fatores de risco que contribuem para a falha são altas doses de corticoide, a gravidade da RCU e a obesidade. A principal complicação é a sepse pélvica, que muitas vezes leva à disfunção do reservatório e à perda da bolsa. Na presença dos fatores de risco, a perda da bolsa ileoanal pode ser minimizada fazendo-se a cirurgia em etapas.
Comentários Finais A realização de bolsa ileal, como complemento de proctocolectomia, principalmente após o advento dos grampeadores, representa uma excelente opção terapêutica para os doentes com RCU em função dos resultados, e por evitar a ileostomia definitiva. É importante ter atenção no pós-operatório para minimizar as possíveis complicações.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
27. Februar 2024
© 2024. Sociedade Brasileira de Coloproctologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil