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DOI: 10.1055/s-0044-1780903
RECIDIVA DE TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL (GIST) NO RETO: RELATO DE CASO
Authors
Lia_nishikawa@hotmail.com
Apresentação do Caso Relatamos o caso da paciente RMC, do sexo feminino, de 68 anos, hipertensa e tabagista (40 maços/ano), com diagnóstico de tumor estromal gastrointestinal (GIST) de reto (medida: 7x6x5 cm), a 1cm da borda anal, após quadro de sangramento, que foi submetida a amputação abdominoperineal do reto. A análise microscópica mostrou neoplasia mesenquimal com células fusiformes, baixo índice mitótico e margens cirúrgicas livres. O estudo imuno-histoquímico evidenciou Ki-67 > 6%, c-KIT e CD34 positivos. Optou-se por seguimento periódico com exames de imagem, sem indicação de terapia adjuvante, mas houve perda de seguimento. Após 5 anos, uma tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT) revelou formação expansiva na pelve de 5,5 cm (SUV: 14). Indicou-se laparotomia exploradora com exérese da lesão. O anatomopatológico e a imuno-histoquímica foram compatíveis com neoplasia mesenquimal. A Equipe de Oncologia propôs quimioterapia adjuvante com imatinibe 400 mg/dia, realizada durante 4 anos e descontinuada por escolha da paciente. Após 14 anos do diagnóstico inicial, uma ressonância magnética de pelve e uma PET-CT revelaram recidiva na gordura isquioanal esquerda, que media 3,0 cm (SUV: 11). Realizou-se ressecção perineal com margens livres. A paciente evoluiu satisfatoriamente e recebeu alta no quinto dia de pós-operatório. Atualmente, encontra-se em uso de imatinibe adjuvante e sem novas evidências de recidiva.
Discussão De forma geral, os GISTs são diagnosticados em pacientes com média de idade entre 55 e 60 anos, e são raros, com incidência de 0,68 por 100 mil habitantes por ano, e somam cerca de 1% das neoplasias malignas do trato gastrointestinal. Os locais mais comuns são o estômago (70%), seguido do intestino delgado (20%), do cólon (7%) e, por fim, do reto que varia na frequência de 0,1% a 5%. O único método potencialmente curativo é a ressecção cirúrgica. A taxa de recidiva em 5 anos após o tratamento cirúrgico é estimada em até 29,5%.
Comentários finais Os GISTs são sarcomas raros. A maioria dos relatos publicados contém poucos pacientes, inclui tumores mesenquimais benignos e não distingue entre doença primária e recorrente. Portanto, é importante o relato de casos como o supracitado, a fim de atentar para divergências relacionadas à evolução de casos semelhantes.
Publication History
Article published online:
27 February 2024
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