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DOI: 10.1055/s-0044-1780826
COLECTOMIA DIREITA ESTENDIDA EM PACIENTE COM CIRCULAÇÃO COLATERAL DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR
carolina.bonizzio@hc.fm.usp.br
Caso clínico Homem de 67 anos, hipertenso e diabético, que iniciou dor abdominal, perda ponderal e anemia. Por colonoscopia, diagnosticou-se neoplasia de ângulo hepático estenosante. O estadiamento tomográfico evidenciou tumor de 7 cm não metastático ou invasivo, mas revelou a presença de circulação colateral peripancreática devido a estenose aterosclerótica do tronco celíaco, cuja clínica o paciente não manifestava. Foi realizada colectomia direita estendida por via laparoscópica, sem intercorrências. A liberação do cólon direito do retroperitônio foi médio-lateral em plano inframesocólico. A dissecção próxima ao duodeno, corpo do pâncreas e no mesocólon transverso foi a mais crítica, devido à proximidade dos vasos colaterais da artéria mesentérica superior (AMS). A linfadenectomia ocorreu com ligaduras na origem das artérias ileocólica, cólica direita e média e gastromental direita. A peça foi retirada em bloco com saco estéril por incisão de Pfannenstiel após ileotransversoanastomose intracorpórea. O paciente teve boa evolução, com alta no sétimo dia de pós-operatório.
Anatomopatológico ypT4aypN0: invasão de gordura pericólica (0/84 linfonodos), margens livres.
Discussão A doença aterosclerótica é prevalente na população, e é a principal causa de estenose do tronco celíaco. A maioria dos pacientes é assintomática, porque há formação de circulação colateral compensatória. Diversos são os tipos de circulação colateral descritas. A participação das arcadas pancreatoduodenais provenientes da AMS é a opção mais comum. Em nosso paciente, a arcada pancreatoduodenal apresentava trajeto transpancreático. O conhecimento prévio desta anatomia com exame de imagem é essencial para maior segurança em cirurgias do abdome superior ou próximas, como no caso clínico aqui relatado. Na colectomia direita estendida, a presença da circulação colateral entre o tronco celíaco e AMS torna o controle dos vasos cólicos médios muito desafiador. No caso, foi necessária dissecção próxima da AMS para a correta identificação de seus ramos, dificultada por uma anatomia não usual e presença de vasos calibrosos, ilustrados no vídeo. Manobras no intraoperatório para certificação da anatomia também são demonstradas.
Comentários Finais A maioria dos pacientes com estenose do tronco celíaco são assintomáticos. O cirurgião deve atentar a este diagnóstico em exames de imagem para fazer um melhor planejamento intraoperatório.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
27. Februar 2024
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