Resumo
Objetivo: Comparar a função e a força muscular do membro entre pacientes submetidos a artroplastias
do joelho que utilizaram implantes primários com estabilização posterior (grupo controle)
e pacientes com implantes constritos rotatórios (grupo Hinge).
Métodos: A avaliação da função foi feita por meio do Knee Society Score (KSS) e da força muscular por um dinamômetro isocinético utilizando a velocidade
de 60°/s.
Resultados: Foram analisados 43 pacientes, que realizaram 51 cirurgias, sendo o grupo Hinge composto
por 25 cirurgias e o grupo controle por 26 cirurgias primárias. Não observamos diferenças
significativas entre os grupos Hinge e controle nos valores do KSS funcional (p = 0,54),
KSS objetivo (p = 0,91), pico de torque flexor (p = 0,25) e pico de torque extensor
(p = 0,08). Os pacientes do grupo Hinge que realizaram artroplastias primárias apresentaram
um pico de torque flexor maior (0,76 Nm/kg) que aqueles que utilizaram o implante
em revisão após falha séptica (0,33 Nm/kg) (p < 0,05). O implante constrito foi indicado
em cirurgias de revisão de artroplastia com instabilidade ligamentar grave e em casos
de artroplastias primárias complexas com destruição óssea ou deformidade coronal grave
no plano coronal.
Conclusão: O uso de implantes bloqueados possibilita função articular e força muscular comparáveis
a dos pacientes que realizaram artroplastia primária utilizando implantes convencionais
com estabilização posterior. Pacientes submetidos à revisão séptica com prótese Hinge
rotatória apresentam menor força da musculatura flexora em relação àqueles submetidos
a artroplastia primária com implante constrito.
Palavras-chave
artroplastia do joelho - osteoartrite do joelho - força muscular