Resumo
Objetivo Avaliar os fatores de risco e os desfechos em indivíduos submetidos ao tratamento
cirúrgico de lesões subaxiais da coluna cervical em relação ao momento da cirurgia
e aos parâmetros fisiológicos pré-operatórios dos pacientes.
Métodos O estudo incluiu 26 pacientes com fraturas e luxações subaxiais da coluna cervical.
Dados demográficos, investigação radiológica apropriada e parâmetros fisiológicos,
como frequência respiratória, pressão arterial, frequência cardíaca, pressão parcial
de oxigênio (PaO2 ) e escalas de disfunção da American Spine Injury Association (ASIA), foram documentados. No período pré-operatório, os pacientes foram divididos
em dois grupos. O grupo instável (I) continha pacientes com parâmetros fisiológicos
anormais e o grupo estável (E) era composto por pacientes com parâmetros fisiológicos
dentro da faixa de normalidade. Os pacientes foram ainda subdivididos em grupos de
tratamento precoce e tardio de acordo com o momento da cirurgia como Iprecoce , Itardio , Eprecoce e Etardio . Todos os pacientes foram chamados para consultas de acompanhamento em 1, 6 e 12
meses.
Resultados Cinquenta e seis por cento dos pacientes do grupo E apresentaram melhora neurológica
em um grau ASIA e desfecho bom independentemente do momento da cirurgia. Os desfechos
em pacientes do grupo I com parâmetros fisiológicos instáveis e submetidos à intervenção
cirúrgica precoce foram maus.
Conclusão Este estudo conclui que a intervenção cirúrgica precoce em pacientes com instabilidade
fisiológica teve forte associação como fator de risco no desfecho final em termos
de mortalidade e morbidade. Além disso, não foi possível estabelecer nenhuma associação
positiva de melhora em pacientes com estabilidade fisiológica em relação ao momento
da cirurgia.
Palavras-chave vértebras cervicais - duração da cirurgia - fatores de risco - estudos prospectivos