Open Access
CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2022; 42(S 01): S1-S219
DOI: 10.1055/s-0043-1764716
Câncer do Cólon/Reto/Ânus
ID – 114403
Pôster Eletrônico

RELATO DE CASO: TRATAMENTO CIRÚRGICO DE NEOPLASIA DE RETO BAIXO COM O USO DE VÁCUO ENDOSCÓPICO PROFILÁTICO

Authors

  • Valéria Nogueira Naves

    1   Hospital das Forças Armadas
  • Alexandre de Brito Borges Pimentel

    1   Hospital das Forças Armadas
  • Tânia Rosa Pereira da Mata

    1   Hospital das Forças Armadas
  • Dirceu de Castro Rezende Junior

    1   Hospital das Forças Armadas
  • Fádia Taiã Magno Becker

    1   Hospital das Forças Armadas
  • Hugo Gonçalo Guedes

    1   Hospital das Forças Armadas
  • Vittoria Melo Lettieri

    1   Hospital das Forças Armadas
 

Apresentação do Caso Uma paciente do sexo feminino, de 52 anos, com histórico de diarreia e sangramento anal havia 3 meses. A colonoscopia evidenciou lesão ulcerovegetante, friável, que acometia 50% da circunferência, localizada entre a primeira e a segunda válvulas de Houston.

Biópsia Adenocarcinoma bem diferenciado. A RNM de pelve identificou tumor primário semianular e ulcerado do reto médio, lesão restrita à camada muscular própria.

Estadiamento T2. A paciente foi submetida a retossigmoidectomia VLP com anastomose colorretal e ileostomia protetora, e foi instalado vácuo endoscópico profilático. A paciente evoluiu bem, apenas com queixa de dor no local da sonda retal. O vácuo endoscópico foi retirado no quinto dia de pós-operatório, e alta hospitalar se deu no sexto dia. O anatomopatológico evidenciou adenocarcinoma moderadamente diferenciando. Não havia metástase (00/20), e o estadiamento patológico foi pT3pN0. A oncologia não indicou quimioterapia adjuvante, e a paciente segue em acompanhamento ambulatorial.

Discussão O câncer de reto geralmente (em 90% dos casos) é um adenocarcinoma. Ele tem início como um pólipo, e não costuma apresentar sintomas em seus estágios iniciais. O exame retal completo é necessário para avaliar a distância do tumor à borda anal, com o objetivo de estadiamento. A radioterapia neoadjuvante está associada a uma melhora do controle pélvico local em comparação com a realização de tratamento cirúrgico exclusivo. A ressecção abdominoperineal (RAP) com excisão total do mesorreto (ETM) é o padrão-ouro para tumores proximais de reto. A opção de realizar ileostomia protetora tem o objetivo de diminuir as complicações pós-operatórias, sendo a deiscência de anastomose a mais catastrófica. A terapia endoscópica a vácuo é um importante método não invasivo utilizado no tratamento de deiscências e fístulas. Seu princípio consiste em acelerar o processo de cicatrização ao atuar na perfusão da mucosa, no controle de exsudato, e na proliferação bacteriana, e ao estimular o processo de granulação tecidual, o que resulta em um menor tempo de cicatrização. O seu uso profilático em anastomoses colorretais baixas visa estimular um melhor processo cicatricial e, assim, reduzir possíveis complicações como deiscências e fístulas.

Comentários Finais O uso da terapia a vácuo profilática é ainda recente, mas pode ser de grande valia na evolução de anastomoses colorretais baixas.



Publikationsverlauf

Artikel online veröffentlicht:
16. März 2023

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