Resumo
Objetivos O presente estudo teve como objetivo avaliar se os parâmetros espinopélvicos pré-operatórios
podem influenciar o ganho da lordose segmental após fusão intersomática lombar por
via lateral de um nível.
Métodos Os seguintes parâmetros radiológicos foram medidos nos raios X: incidência pélvica,
lordose lombar, versão pélvica, lordose L4S1, lordose segmental do nível operado,
índice intraoperatório de lordose segmentar, mismatch pélvico (IP-LL), proporção de
lordose distal, delta de lordose segmentar, PT > 20, inclinação sacral real e inclinação
sacral ideal, e a correlação dessas variáveis com o ganho da lordose segmentar foi
investigada. Posteriormente, foi realizada uma análise exploratória de cluster para
identificar características comuns entre os pacientes e o ganho de lordose segmentar.
Resultados O presente estudo contou com 144 pacientes, dos quais 76% apresentaram ganho de lordose
segmentar. Os parâmetros mais correlacionados com o ganho de lordose segmentar foram
lordose segmentar pré-operatória (−0,50) e delta intraoperatório de lordose (0,51).
Além disso, os pacientes dos grupos de incidência pélvica (IP) alto tiveram tendência
de ganho de lordose segmental maior (p < 0,05) e redução do risco de perda de lordose segmental (chances 6.08).
Conclusão Pacientes com perfis de IP médios baixos apresentaram maiores chances de perda de
lordose segmentar. No entanto, os parâmetros espinopélvicos pré-operatórios por si
só não parecem desempenhar um papel significativo no destino do ganho da lordose segmentar.
Palavras-chave
vértebras lombares - fusão vertebral - lordose - pelve