CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2022; 57(06): 1030-1038
DOI: 10.1055/s-0042-1748966
Artigo Original
Oncologia

Reconstrução com endoprótese não convencional após ressecção de tumores ósseos primários de fêmur distal: sobrevida do implante e resultados funcionais

Article in several languages: português | English
1   Departamento de Ortopedia, AC Camargo Cancer Center, São Paulo, SP, Brasil
,
1   Departamento de Ortopedia, AC Camargo Cancer Center, São Paulo, SP, Brasil
,
1   Departamento de Ortopedia, AC Camargo Cancer Center, São Paulo, SP, Brasil
,
1   Departamento de Ortopedia, AC Camargo Cancer Center, São Paulo, SP, Brasil
› Author Affiliations

Resumo

Objetivo Avaliar o tempo de sobrevida, a taxa de falha e suas causas, e os resultados funcionais de endopróteses cimentadas, com corpo em polietileno, empregadas após ressecção de tumores ósseos primários do fêmur distal.

Métodos Estudo retrospectivo, que incluiu 93 procedimentos primários e 77 de revisão, realizados entre 1987 e 2014. A sobrevida foi obtida pela análise de Kaplan Meyer, e os fatores de risco para falha do implante foram avaliados por meio do modelo de riscos proporcionais de Cox. As causas de falha da endoprótese foram classificadas segundo Henderson et al. em cinco tipos: falha de partes moles, soltura asséptica, fratura estrutural, infecção e recorrência do tumor. A avaliação funcional foi realizada por meio do sistema de classificação funcional da Musculoskeletal Tumor Society (MSTS) para sarcomas ósseos da extremidade inferior, versão brasileira (MSTS-BR).

Resultados Osteossarcoma foi o diagnóstico mais comum; 64,5% dos pacientes tinham menos de 20 anos; e o seguimento médio foi de 124,3 meses. A taxa de falha do implante primário foi de 54,8%, e a sobrevida média foi 123 meses. A estimativa de sobrevida do implante primário foi de 63,6%, 43,5%, 24,1%, 14,5% em 5, 10, 15 e 20 anos, respectivamente. A causa de falha mais comum foi a do tipo 2 (37,3%). Idade ≤ 26 anos e lado direito foram fatores de risco para falha. A pontuação média no MSTS-BR foi de 20,7 (variação: 14 a 27).

Conclusão Os resultados obtidos para a taxa de falha e o tempo de sobrevida do implante estão de acordo com os da literatura, de forma que o procedimento estudado é adequado e apresenta resultados funcionais satisfatórios, inclusive em longo prazo.

Apoio Financeiro

O presente estúdio não recebeu apoio financeiro de fontes públicas, comerciais, ou sem fins lucrativos.




Publication History

Received: 29 November 2021

Accepted: 04 March 2022

Article published online:
16 December 2022

© 2022. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil

 
  • Referências

  • 1 Hwang JS, Mehta AD, Yoon RS, Beebe KS. From amputation to limb salvage reconstruction: evolution and role of the endoprosthesis in musculoskeletal oncology. J Orthop Traumatol 2014; 15 (02) 81-86
  • 2 Pala E, Henderson ER, Calabrò T. et al. Survival of current production tumor endoprostheses: complications, functional results, and a comparative statistical analysis. J Surg Oncol 2013; 108 (06) 403-408
  • 3 Kinkel S, Lehner B, Kleinhans JA, Jakubowitz E, Ewerbeck V, Heisel C. Medium to long-term results after reconstruction of bone defects at the knee with tumor endoprostheses. J Surg Oncol 2010; 101 (02) 166-169
  • 4 Cannon CP, Zeegen E, Eckardt JJ. Techniques in Endoprosthestic Reconstruction. Oper Tech Orthop 2005; 14: 225-235
  • 5 Pugh LR, Clarkson PW, Phillips AE, Biau DJ, Masri BA. Tumor endoprosthesis revision rates increase with peri-operative chemotherapy but are reduced with the use of cemented implant fixation. J Arthroplasty 2014; 29 (07) 1418-1422
  • 6 Ottaviani G, Robert RS, Huh WW, Palla S, Jaffe N. Sociooccupational and physical outcomes more than 20 years after the diagnosis of osteosarcoma in children and adolescents: limb salvage versus amputation. Cancer 2013; 119 (20) 3727-3736
  • 7 Houdek MT, Wagner ER, Wilke BK, Wyles CC, Taunton MJ, Sim FH. Long term outcomes of cemented endoprosthetic reconstruction for periarticular tumors of the distal femur. Knee 2016; 23 (01) 167-172
  • 8 Chan D, Carter SR, Grimer RJ, Sneath RS. Endoprosthetic replacement for bony metastases. Ann R Coll Surg Engl 1992; 74 (01) 13-18
  • 9 Henderson ER, Groundland JS, Pala E. et al. Failure mode classification for tumor endoprostheses: retrospective review of five institutions and a literature review. J Bone Joint Surg Am 2011; 93 (05) 418-429
  • 10 Haijie L, Dasen L, Tao J, Yi Y, Xiaodong T, Wei G. Implant Survival and Complication Profiles of Endoprostheses for Treating Tumor Around the Knee in Adults: A Systematic Review of the Literature Over the Past 30 Years. J Arthroplasty 2018; 33 (04) 1275-1287.e3
  • 11 Schwartz AJ, Kabo JM, Eilber FC, Eilber FR, Eckardt JJ. Cemented distal femoral endoprostheses for musculoskeletal tumor: improved survival of modular versus custom implants. Clin Orthop Relat Res 2010; 468 (08) 2198-2210
  • 12 Rebolledo DC, Vissoci JR, Pietrobon R, de Camargo OP, Baptista AM. Validation of the Brazilian version of the musculoskeletal tumor society rating scale for lower extremity bone sarcoma. Clin Orthop Relat Res 2013; 471 (12) 4020-4026
  • 13 Lausen B, Schumacher M. Maximally Selected Rank Statistics. Biometrics 1992; 48: 73-85
  • 14 Cox DR. Regression models and life-tables (with discussion). J R Stat Soc B 1972; 34 (02) 187-220
  • 15 Schoenfeld D. Partial residuals for the proportional hazards regression model. Biometrika 1982; 69: 239-241
  • 16 Grambsch PM, Therneau TM. Proportional hazards tests and diagnostics based on weighted residuals. Biometrika 1994; 81: 515-526
  • 17 Pala E, Trovarelli G, Calabrò T, Angelini A, Abati CN, Ruggieri P. Survival of modern knee tumor megaprostheses: failures, functional results, and a comparative statistical analysis. Clin Orthop Relat Res 2015; 473 (03) 891-899
  • 18 Pala E, Trovarelli G, Angelini A, Ruggieri P. Distal femur reconstruction with modular tumour prostheses: a single Institution analysis of implant survival comparing fixed versus rotating hinge knee prostheses. Int Orthop 2016; 40 (10) 2171-2180
  • 19 Bergin PF, Noveau JB, Jelinek JS, Henshaw RM. Aseptic loosening rates in distal femoral endoprostheses: does stem size matter?. Clin Orthop Relat Res 2012; 470 (03) 743-750