Resumo
Objetivo O presente estudo estimou a proporção de avascularidade histológica das extremidades
das fraturas em caso de pseudoartrose de ossos longos.
Métodos No total, 15 casos de pseudoartrose quiescente estabelecida foram operados de acordo
com o protocolo padrão e as extremidades da fratura foram avaliadas histologicamente.
Em resumo, o tecido biopsiado foi fixado em formalina e embebido em parafina (FFPE);
secções de 5 mícrons foram coradas com hematoxilina e eosina de acordo com os protocolos
padrões. A imunohistoquímica com anticorpo anti-CD31 (clone JC70A, DBS) foi realizada
manualmente segundo protocolos padrões.
Resultados Todos os casos de pseudoartrose quiescente foram incluídos; 2 eram de pseudoartrose
oligotrófica e 13 eram de pseudoartrose atrófica à radiologia. Destes, 20% eram de
pacientes do sexo feminino, 40% de indivíduos entre 31 e 40 anos de idade e todos
os casos eram de pseudoartrose atrófica à radiologia. Todos os casos eram positivos
para CD-31 à imunohistoquímica. A densidade dos vasos sanguíneos era de categoria
I em 13,33% dos casos e de categoria II em 86,67%. Quatro casos apresentavam inflamação
branda e dois apresentavam inflamação moderada. O número médio de vasos era de 10
por campo de alta potência na faixa etária de 20 a 30, de 31 a 40 e de 41 a 50 anos.
A faixa etária de 61 a 70 anos apresentava, em média, 4 vasos por campo de alta potência.
A diferença nos números de vasos em pseudoarthroses oligotróficas e atróficas não
foi significativa. Não houve correlação entre a densidade de vasos e a duração da
pseudoartrose.
Conclusão A nomenclatura de classificação da pseudoartrose em atrófica, oligotrófica e hipertrófica
precisa ser revista. Nossos achados não indicam que a pseudoartrose atrófica e oligotrófica
sejam histologicamente diferentes.
Palavras-chave
antígeno CD31 - fraturas ósseas - fraturas não consolidadas