CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2023; 58(02): 290-294
DOI: 10.1055/s-0042-1742337
Artigo Original
Mão

Contradições diagnósticas na síndrome do túnel do carpo[*]

Article in several languages: português | English
1   Serviço de Cirurgia da Mão da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
1   Serviço de Cirurgia da Mão da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
1   Serviço de Cirurgia da Mão da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
1   Serviço de Cirurgia da Mão da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
› Author Affiliations
Suporte Financeiro Os autores declaram que não receberam apoio financeiro para a realização deste estudo. Todos os custos relativos à coleta, análise, interpretação dos resultados e escrita foram cobertos exclusivamente pelos autores.

Resumo

Objetivo Diante da divergência sobre a necessidade de exames complementares, como ultrassonografia (US) e eletroneuromiografia (ENMG) para o diagnóstico da síndrome do túnel do carpo (STC), objetivamos elucidar qual deles apresenta maior precisão na confirmação da presença ou não desta afecção.

Métodos Um total de 175 pacientes de um ambulatório de cirurgia da mão foram avaliados clinicamente, e os resultados dos testes clínicos (Tinel, Phalen e Durkan), da US (normal ou alterada) e da ENMG (normal, leve, moderada e grave) foram anotados, cruzados, e submetidos a análise estatística para verificar a concordância entre eles.

Resultados A idade média da amostra era de 53 anos, sendo prevalente o sexo feminino (159 casos). Dos pacientes com teste clínico positivo, 43,7% apresentavam US normal, e 41,7%, ENMG sem alterações. Foram encontrados resultados negativos no Tinel em 46,9% no Phalen em 47,4%, e no Durkan em 39,7%. No cruzamento entre a ENMG e os demais métodos diagnósticos, houve pouca concordância estatística.

Conclusão Não houve concordância entre os resultados dos exames clínicos, da US e da ENMG no diagnóstico da STC, e não há exame clínico ou complementar para STC que determine a conduta terapêutica com precisão.

Nível de Evidência IV, Série de Casos.

* Trabalho feito no Serviço de Cirurgia da Mão e Microcirurgia da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.




Publication History

Received: 21 July 2021

Accepted: 14 October 2021

Article published online:
04 February 2022

© 2022. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commercial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil

 
  • Referências

  • 1 Eren Y, Yavasoglu NG, Comoglu SS. The relationship between QDASH scale and clinical, electrophysiological findings in carpal tunnel syndrome. Adv Clin Exp Med 2018; 27 (01) 71-75
  • 2 Keith MW, Masear V, Chung K. et al. Diagnosis of carpal tunnel syndrome. J Am Acad Orthop Surg 2009; 17 (06) 389-396
  • 3 Hansen PA, Micklesen P, Robinson LR. Clinical utility of the flick maneuver in diagnosing carpal tunnel syndrome. Am J Phys Med Rehabil 2004; 83 (05) 363-367
  • 4 Amirfeyz R, Clark D, Parsons B. et al. Clinical tests for carpal tunnel syndrome in contemporary practice. Arch Orthop Trauma Surg 2011; 131 (04) 471-474
  • 5 Bickel KD. Carpal tunnel syndrome. J Hand Surg Am 2010; 35 (01) 147-152
  • 6 Stevens JC. American Association of Electrodiagnostic Medicine. AAEM minimonograph #26: the electrodiagnosis of carpal tunnel syndrome. Muscle Nerve 1997; 20 (12) 1477-1486
  • 7 Fleiss JL. The design and analysis of clinical experiments. New York: Wiley; 1986
  • 8 Kirkwood BR, Sterne JAC. Essential medical statistics. 2nd ed.. Massachusetts, USA: Blackwell Science; 2006
  • 9 Nordstrom DL, DeStefano F, Vierkant RA, Layde PM. Incidence of diagnosed carpal tunnel syndrome in a general population. Epidemiology 1998; 9 (03) 342-345
  • 10 Kwon BC, Jung KI, Baek GH. Comparison of sonography and electrodiagnostic testing in the diagnosis of carpal tunnel syndrome. J Hand Surg Am 2008; 33 (01) 65-71
  • 11 Moran L, Perez M, Esteban A, Bellon J, Arranz B, del Cerro M. Sonographic measurement of cross-sectional area of the median nerve in the diagnosis of carpal tunnel syndrome: correlation with nerve conduction studies. J Clin Ultrasound 2009; 37 (03) 125-131
  • 12 Akcar N, Özkan S, Mehmetoglu O, Calisir C, Adapinar B. Value of power Doppler and gray-scale US in the diagnosis of carpal tunnel syndrome: contribution of cross-sectional area just before the tunnel inlet as compared with the cross-sectional area at the tunnel. Korean J Radiol 2010; 11 (06) 632-639
  • 13 Chammas M, Boretto J, Burmann LM, Ramos RM, Dos Santos Neto FC, Silva JB. Carpal tunnel syndrome - Part I (anatomy, physiology, etiology and diagnosis). Rev Bras Ortop 2014; 49 (05) 429-436
  • 14 Mondelli M, Filippou G, Gallo A, Frediani B. Diagnostic utility of ultrasonography versus nerve conduction studies in mild carpal tunnel syndrome. Arthritis Rheum 2008; 59 (03) 357-366
  • 15 Padua L, Coraci D, Erra C. et al. Carpal tunnel syndrome: clinical features, diagnosis, and management. Lancet Neurol 2016; 15 (12) 1273-1284
  • 16 Bagatur AE, Zorer G. The carpal tunnel syndrome is a bilateral disorder. J Bone Joint Surg Br 2001; 83 (05) 655-658
  • 17 de Krom MC, Knipschild PG, Kester AD, Spaans F. Efficacy of provocative tests for diagnosis of carpal tunnel syndrome. Lancet 1990; 335 (8686): 393-395