Resumo
A osteoartrite do tornozelo (OAT) está associada a quadro álgico e limitação funcional
variável, demandando tratamento clínico e eventual indicação cirúrgica quando as medidas
conservadoras são inefetivas – a artrodese tem sido o procedimento de escolha, por
reduzir a dor, restaurar o alinhamento articular e tornar o segmento estável, preservando
a marcha. O presente estudo relata 3 casos (3 tornozelos) de pacientes do sexo masculino,
com entre 49 e 63 anos de idade, portadores de OAT secundária, American Orthopaedic
Foot and Ankle Society Ankle-Hindfoot Scale (AOFAS AHS, na sigla em inglês) pré-operatória
de 27 a 39 pontos, tratados mediante artrodese tibiotalocalcaneana minimamente invasiva
utilizando haste intramedular retrógrada bloqueada. A permanência hospitalar foi de
1 dia, e os pacientes foram autorizados para carga imediata com órteses removíveis
para deambulação, conforme tolerado. O tratamento fisioterápico, introduzido desde
o internamento, foi mantido, priorizando-se treino de marcha, ganho de força e propriocepção.
Foi realizado acompanhamento clínico e radiográfico nas semanas 1, 2, 6, 12 e 24.
Após evidências de consolidação (entre a 6ª e a 10ª semanas), as órteses foram retiradas.
Um paciente queixou-se de dor no pós-operatório imediato e, ao final do 1° ano, apenas
1 paciente apresentou dor durante a reabilitação, resolvida completamente com analgésicos.
Atualmente, os pacientes não apresentam queixas, retornando às atividades sem restrições
– um deles, à prática de futebol e rapel. A AOFAS AHS pós-operatória foi de 68 a 86
pontos.
Palavras-chave articulação do tornozelo - artrodese - osteoartrite - procedimentos cirúrgicos minimamente
invasivos - procedimentos cirúrgicos operatórios - tornozelo