CC BY 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2024; 59(01): e143-e147
DOI: 10.1055/s-0041-1731356
Relato de Caso
Oncologia

Artrodese tibiotalocalcaneana minimamente invasiva com haste intramedular retrógrada bloqueada – Relato de três casos[*]

Article in several languages: português | English
1   Grupo de Cirurgia do Pé e Tornozelo, Serviço de Ortopedia, Hospital Santa Izabel, Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, Brasil
,
1   Grupo de Cirurgia do Pé e Tornozelo, Serviço de Ortopedia, Hospital Santa Izabel, Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, Brasil
,
1   Grupo de Cirurgia do Pé e Tornozelo, Serviço de Ortopedia, Hospital Santa Izabel, Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, Brasil
,
1   Grupo de Cirurgia do Pé e Tornozelo, Serviço de Ortopedia, Hospital Santa Izabel, Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, Brasil
,
2   Programa de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia, Serviço de Ortopedia, Hospital Santa Izabel, Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, Brasil
,
3   Grupo de Oncologia Ortopédica, Hospital Santa Izabel, Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, Brasil
› Author Affiliations
Suporte Financeiro Não houve suporte financeiro de fontes públicas, comerciais, ou sem fins lucrativos.

Resumo

A osteoartrite do tornozelo (OAT) está associada a quadro álgico e limitação funcional variável, demandando tratamento clínico e eventual indicação cirúrgica quando as medidas conservadoras são inefetivas – a artrodese tem sido o procedimento de escolha, por reduzir a dor, restaurar o alinhamento articular e tornar o segmento estável, preservando a marcha. O presente estudo relata 3 casos (3 tornozelos) de pacientes do sexo masculino, com entre 49 e 63 anos de idade, portadores de OAT secundária, American Orthopaedic Foot and Ankle Society Ankle-Hindfoot Scale (AOFAS AHS, na sigla em inglês) pré-operatória de 27 a 39 pontos, tratados mediante artrodese tibiotalocalcaneana minimamente invasiva utilizando haste intramedular retrógrada bloqueada. A permanência hospitalar foi de 1 dia, e os pacientes foram autorizados para carga imediata com órteses removíveis para deambulação, conforme tolerado. O tratamento fisioterápico, introduzido desde o internamento, foi mantido, priorizando-se treino de marcha, ganho de força e propriocepção. Foi realizado acompanhamento clínico e radiográfico nas semanas 1, 2, 6, 12 e 24. Após evidências de consolidação (entre a 6ª e a 10ª semanas), as órteses foram retiradas. Um paciente queixou-se de dor no pós-operatório imediato e, ao final do 1° ano, apenas 1 paciente apresentou dor durante a reabilitação, resolvida completamente com analgésicos. Atualmente, os pacientes não apresentam queixas, retornando às atividades sem restrições – um deles, à prática de futebol e rapel. A AOFAS AHS pós-operatória foi de 68 a 86 pontos.

* Trabalho desenvolvido nos Grupos de Cirurgia do Pé e Tornozelo e Oncologia Ortopédica, Hospital Santa Izabel, Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Salvador, BA, Brasil.




Publication History

Received: 22 September 2020

Accepted: 15 January 2021

Article published online:
25 October 2021

© 2021. The Author(s). This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution 4.0 International License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/)

Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil

 
  • Referências

  • 1 Saltzman CL, Salamon ML, Blanchard GM. et al. Epidemiology of ankle arthritis: report of a consecutive series of 639 patients from a tertiary orthopaedic center. Iowa Orthop J 2005; 25: 44-46
  • 2 Baumbach SF, Massen FK, Hörterer S. et al. Comparison of arthroscopic to open tibiotalocalcaneal arthrodesis in high-risk patients. Foot Ankle Surg 2019; 25 (06) 804-811
  • 3 Vilà y Rico J, Rodriguez-Martin J, Parra-Sanchez G, Marti Lopez-Amor C. Arthroscopic tibiotalocalcaneal arthrodesis with locked retrograde compression nail. J Foot Ankle Surg 2013; 52 (04) 523-528
  • 4 Coughlin MJ, Nery C, Baumfeld D, Jastifer J. Artrodese tibiotársica compressiva com o uso de placa bloqueada lateral. Rev Bras Ortop 2012; 47 (05) 611-615
  • 5 Biz C, Hoxhaj B, Aldegheri R, Iacobellis C. Minimally invasive surgery for tibiotalocalcaneal arthrodesis using a retrograde intramedullary nail: preliminary results of an innovative modified technique. J Foot Ankle Surg 2016; 55 (06) 1130-1138
  • 6 Rodrigues RC, Masiero D, Mizusaki JM. et al. Translation, cultural adaptation and validity of the american orthopaedic foot and ankle society (AOFAS) ankle-hindfoot scale. Acta Ortop Bras 2008; 16 (02) 107-111
  • 7 Lee BH, Fang C, Kunnasegaran R, Thevendran G. Tibiotalocalcaneal arthrodesis with the hindfoot arthrodesis nail: a prospective consecutive series from a single institution. J Foot Ankle Surg 2018; 57 (01) 23-30
  • 8 Rammelt S, Pyrc J, Agren PH. et al. Tibiotalocalcaneal fusion using the hindfoot arthrodesis nail: a multicenter study. Foot Ankle Int 2013; 34 (09) 1245-1255
  • 9 Brodsky JW, Verschae G, Tenenbaum S. Surgical correction of severe deformity of the ankle and hindfoot by arthrodesis using a compressing retrograde intramedullary nail. Foot Ankle Int 2014; 35 (04) 360-367
  • 10 Thomas AE, Guyver PM, Taylor JM, Czipri M, Talbot NJ, Sharpe IT. Tibiotalocalcaneal arthrodesis with a compressive retrograde nail: A retrospective study of 59 nails. Foot Ankle Surg 2015; 21 (03) 202-205