Open Access
CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2022; 57(02): 282-288
DOI: 10.1055/s-0041-1729937
Artigo Original
Ombro e Cotovelo

Lesão do manguito rotador e obesidade: Uma avaliação demográfica e metabólica[*]

Artikel in mehreren Sprachen: português | English
1   Instituto de Pesquisa e Ensino do Hospital Ortopédico e Medicina Especializada (IPE-HOME), Brasília, DF, Brasil
2   Centro de Traumato-ortopedia do Esporte (Cete), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, Brasil
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1   Instituto de Pesquisa e Ensino do Hospital Ortopédico e Medicina Especializada (IPE-HOME), Brasília, DF, Brasil
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2   Centro de Traumato-ortopedia do Esporte (Cete), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, Brasil
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2   Centro de Traumato-ortopedia do Esporte (Cete), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, Brasil
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2   Centro de Traumato-ortopedia do Esporte (Cete), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, Brasil
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2   Centro de Traumato-ortopedia do Esporte (Cete), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, Brasil
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Resumo

Objetivo Analisar a relação da presença e da gravidade da lesão do manguito rotador (MR) com a obesidade e o tempo de exposição à obesidade. De forma secundária, avaliar a relação e a prevalência de fatores demográficos e metabólicos em indivíduos obesos com lesão do MR.

Métodos Trata-se de um estudo transversal, com 235 pacientes obesos (índice de massa corporal [IMC] ≥ 30 kg/m2). Dados demográficos (idade e gênero), metabólicos (hipertensão, diabetes mellitus, perfil lipídico, e tempo de exposição à obesidade), exame físico (peso, estatura, circunferência abdominal, e testes clínicos), e exame ultrassonográfico musculoesquelético foram utilizados para a análise dos resultados.

Resultados Não foi evidenciada associação da lesão do MR com IMC (p = 0,82), tempo de exposição à obesidade (p = 0,29), ou circunferência abdominal (p = 0,52). No subgrupo com lesão, a idade (p < 0,001), a presença de diabetes melito (p = 0,013), a hipertensão (p < 0,001), o nível de lipoproteína de alta densidade (high-density lipoprotein, HDL, em inglês) (p = 0,026), e o tempo de exposição à obesidade (p < 0,001) foram significativamente maiores em comparação ao subgrupo sem lesão do MR. Na busca por demais parâmetros associados de forma independente para lesão do MR, foram observadas associações com idade (p = 0,0003) e hipertensão (p =0,004).

Conclusão Não evidenciamos associação da obesidade e do tempo de exposição a ela com a ocorrência e a gravidade da lesão do MR. Porém, indivíduos com lesão apresentaram maior tempo de exposição à obesidade e prevalência de disfunções metabólicas do que indivíduos sem lesão. Além disso, nossos achados sugerem uma associação entre hipertensão arterial sistêmica (HAS) e idade avançada com a lesão do MR.

Suporte Financeiro

Não houve suporte financeiro de fontes públicas, comerciais, ou sem fins lucrativos.


Trabalho desenvolvido no Centro de Traumato-ortopedia do Esporte (Cete), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, Brasil.




Publikationsverlauf

Eingereicht: 09. Mai 2020

Angenommen: 01. Dezember 2020

Artikel online veröffentlicht:
27. Januar 2022

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