Resumo
Objetivo A classificação de Schatzker é a mais utilizada para as fraturas do planalto tibial.
Kfuri et al.[12] revisaram a classificação inicial de Schatzker descrevendo com mais detalhes o envolvimento
do planalto tibial no plano coronal, permitindo uma melhor compreensão do padrão de
fratura e um planejamento cirúrgico mais acurado. Os objetivos do presente estudo
são avaliar a concordância inter-observador dessas classificações e avaliar a influência
da experiência dos observadores na reprodutibilidade dos instrumentos.
Métodos Foi realizado um estudo observacional e retrospectivo, por meio da avaliação do estudo
radiológico de 20 indivíduos adultos com fraturas do planalto tibial, incluindo radiografias
e tomografia computadorizada (TC). As fraturas foram classificadas 1 vez por 34 examinadores
com experiência variada (24 especialistas e 10 residentes em Ortopedia e Traumatologia),
de acordo com a classificação de Schatzker e com a modificação proposta por Kfuri.
O índice Kappa de Fleiss foi usado para verificar a concordância interobservadores.
Resultados O índice de concordância inter-observador foi considerado moderado para a classificação
de Schatzker (κ = 0,46) e leve para a modificação de Kfuri (κ = 0,30). A classificação
de Schatzker apresentou concordância moderada, com κ = 0,52 para residentes e κ =
0,45 entre os especialistas. A classificação de Kfuri apresentou concordância leve
com valores de Kappa para residentes e especialistas de 0,39 e 0,28, respectivamente.
Conclusão A classificação de Schatzker e a classificação modificada por Kfuri apresentaram
concordância interobservadores moderada e leve, respectivamente. Além disso, os residentes
apresentaram concordâncias superiores aos especialistas para os dois sistemas estudados.
Palavras-chave
articulação do joelho - classificação - fraturas da tíbia - reprodutibilidade dos
testes - traumatismos do joelho