CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2021; 56(06): 717-725
DOI: 10.1055/s-0041-1729568
Artigo Original
Mão

Fixação intramedular com parafusos de compressão versus técnica do buquê em fraturas instáveis do colo do metacarpo em pacientes ativos: Ensaio clínico randomizado[*]

Article in several languages: português | English
1   Departamento de Cirurgia da Mão, Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil
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2   Departamento de Cirurgia de Mão, Hospital Santa Casa de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil
,
3   Divisão de Cirurgia da Mão e Microcirurgia, Departamento de Cirurgia - Ortopedia e Trauma, Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil
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4   Departamento de Cirurgia De Mão, Hospital Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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5   Departamento de Cirurgia Plástica, Universita Degli Studi Di Milano, Milano, Itália
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6   Unidade de Cirurgia De Mão, Hospital Universitario Madrid Montepr Príncipe, CEU San Pablo University, Boadilla del Monte, Madrid, Espanha
› Author Affiliations
Suporte Financeiro Não houve suporte financeiro de fontes públicas, comerciais, ou sem fins lucrativos.

Resumo

Objetivo Comparar a amplitude de movimento (ADM), o tempo de retorno de trabalho, a pontuação na escala visual analógica (EVA), o escore no questionário abreviado incapacidade do braço, ombro e mão (QuickDASH, na sigla em inglês) e os resultados radiográficos de dois métodos de fixação interna definitiva em pacientes ativos com fraturas do boxer; operados na primeira semana.

Métodos Este foi um ensaio prospectivo randomizado, no qual 50 pacientes, com idade mediana na faixa de 18 a 40 anos, foram randomizados e tratados com fixação intramedular definitiva utilizando 2 parafusos de compressão (n = 20) ou buquê (2 ou 3 fios de Kirschner) (n = 20). Os pacientes foram avaliados em relação ao tempo de retorno ao trabalho, à ADM, ao desfecho relatado pelo paciente no questionário QuickDASH, à EVA e à avaliação radiográfica aos 6 meses.

Resultados Aos 6 meses, não houve diferenças entre os 2 grupos em termos de ADM, dor pós-operatória (EVA) ou escore no QuickDASH. A taxa global de complicações foi de 4,76% no grupo de fixação com parafusos, em comparação com 5% no grupo de fixação com a técnica do buquê.

Conclusões Parafusos de compressão e fixação com buquês provaram ser tratamentos seguros e confiáveis para pacientes ativos com fraturas instáveis. Os resultados foram semelhantes nos dois grupos.

* Trabalho desenvolvido no Departamento de Cirurgia da Mão, Hospital Universitário da Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP, Brasil e no Hospital Mãe de Deus, Porto Alegre, RS, Brasil.




Publication History

Received: 26 April 2020

Accepted: 09 October 2020

Article published online:
07 December 2021

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