CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2021; 56(03): 346-350
DOI: 10.1055/s-0040-1721834
Artigos Originais
Mão

Frequência do aparecimento de dedo em gatilho no pós-operatório da síndrome do túnel do carpo em duas técnicas cirúrgicas: Aberta e endoscópica[*]

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1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
2   Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, Moema, São Paulo, SP, Brasil
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1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
2   Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, Moema, São Paulo, SP, Brasil
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Aldo Okamura
1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
2   Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, Moema, São Paulo, SP, Brasil
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1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
2   Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, Moema, São Paulo, SP, Brasil
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2   Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, Moema, São Paulo, SP, Brasil
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1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
2   Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, Moema, São Paulo, SP, Brasil
3   Ortocity Serviços Médicos, São Paulo, SP, Brasil
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Resumo

Objetivo Determinar a frequência do aparecimento de dedo em gatilho (DG) no pós-operatório da síndrome do túnel do carpo (STC) em duas técnicas: aberta (TA) e endoscópica (TE). Como desfecho secundário, comparar as taxas de remissão da parestesia e dor residual entre as duas técnicas.

Métodos De forma prospectiva, verificamos o aparecimento de dedo em gatilho e taxa de remissão da parestesia e dor no território do nervo mediano em série de pacientes adultos operados pela TA (n = 34). Comparamos com coorte retrospectiva operada pela TE (n = 33), pela mesma equipe de cirurgiões. A avaliação dos pacientes ocorreu por meio de questionário estruturado em consulta de retorno, com mínimo de 6 meses de pós-operatório.

Resultados Sessenta e sete pacientes foram avaliados. Não houve diferença quanto ao aparecimento de dedo em gatilho (TA, 26,5% versus TE, 27,3%; p = 0,94) e dor (TA, 76,5% versus TE, 84.8%; p = 0,38). Os pacientes operados pela TA apresentaram menos queixas de parestesia do que os operados pela TE (TA 5,9% versus TE 24,2%; p = 0,03).

Conclusões Em nossa série, a técnica cirúrgica não influenciou o aparecimento de dedos em gatilho e dor residual. Os pacientes operados pela técnica aberta apresentaram menos queixa de parestesia residual pós-operatória.

* Trabalho desenvolvido no Serviço de Residência Médica de Cirurgia e Microcirurgia da, Mão do Hospital Alvorada, São Paulo, SP, Brasil.


Suporte Financeiro

Não houve suporte financeiro de fontes públicas, comerciais, ou sem fins lucrativos.




Publication History

Received: 08 March 2020

Accepted: 16 September 2020

Article published online:
01 July 2021

© 2021. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commercial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

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