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CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2021; 56(04): 432-437
DOI: 10.1055/s-0040-1721364
Artigo Original
Artroscopia e Traumatologia do Esporte

Estresse oxidativo e características ultrassonográficas do tendão anormal em jogadores de futebol de elite (um estudo piloto)

Article in several languages: português | English
1   Medical Facilities Delfino Pescara, Pescara, Itália
,
Luigi Di Carlo
1   Medical Facilities Delfino Pescara, Pescara, Itália
,
Giulio Cocco
2   Centro Analisi Biochimiche dello Sport, Via Renzetti, Lanciano (CH), Itália
,
Antonino Cocco
2   Centro Analisi Biochimiche dello Sport, Via Renzetti, Lanciano (CH), Itália
,
Ernesto Sabatini
1   Medical Facilities Delfino Pescara, Pescara, Itália
,
Vincenzo Salini
2   Centro Analisi Biochimiche dello Sport, Via Renzetti, Lanciano (CH), Itália
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Resumo

Objetivo Dados experimentais ultrassonográficos sugerem que o estresse oxidativo desempenha um papel importante na patogênese das tendinopatias. No entanto, essa hipótese permanece especulativa em humanos, dado que faltam dados clínicos para comprová-la. Recentemente, uma nova metodologia permitiu quantificar o estresse oxidativo in vivo medindo a concentração de hidroperóxidos de compostos orgânicos, que tem sido utilizada como um marcador relacionado ao estresse oxidativo em várias condições patológicas e fisiológicas. Dada a confiabilidade desse teste e a falta de informação em sujeitos com tendinopatias, o objetivo do presente estudo foi avaliar o status de estresse oxidativo em jogadores profissionais de elite com e sem características ultrassonográficas de dano tendinoso.

Métodos Em 73 jogadores de elite foram avaliados parâmetros metabólicos e o estresse oxidativo foi medido por meio de um teste específico (expresso como unidades U-Carr). Por isso, foi realizada uma avaliação ultrassonográfica dos tendões de Aquiles e patelar.

Resultados Não foram observadas relações significativas entre parâmetros metabólicos e biomarcadores de estresse oxidativo. Os tendões de Aquiles e patelar mostraram um padrão ecográfico normal em 58 atletas, e anormalidades ultrassonográficas em 15. Os atletas com alterações, em comparação com aqueles com quadro normal, apresentaram níveis significativamente mais elevados de U-Carr (p = 0,000), índice de massa corporal (IMC) (p = 0,03) e eram mais velhos (p = 0,005). A diferença nos valores de U-Carr entre os sujeitos permaneceu significativa também após ajuste por idade e IMC.

Conclusão Os resultados deste estudo corroboram a hipótese de que as substâncias oxidativas, também aumentadas a nível sistêmico e não apenas a nível local, podem favorecer danos no tendão.

Nível de Evidência IV (estudo piloto).

Nota

O presente trabalho foi desenvolvido no Delfino Training Center (Città Sant'Angelo [Pescara]) e Centro Analisi Biochimiche dello Sport, (Lanciano [Chieti]), Itália.


Suporte Financeiro

Não houve suporte financeiro de fontes públicas, comerciais, ou sem fins lucrativos.




Publication History

Received: 18 April 2020

Accepted: 17 September 2020

Article published online:
10 February 2021

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