Resumo
Objetivo Avaliar o planejamento terapêutico para o dedo em gatilho por ortopedistas brasileiros.
Métodos Estudo transversal, cuja população foi composta por participantes do Congresso Brasileiro
de Ortopedia e Traumatologia 2018 (CBOT-2018). Foi aplicado um questionário sobre
a conduta adotada no diagnóstico e tratamento do dedo em gatilho.
Resultados Foram analisados 243 participantes com média de idade de 37.46 anos, na maioria homens
(88%), tempo de experiência de pelo menos 1 ano (55,6%), e da região Sudeste (68.3%).
A análise dos questionários evidenciou que há consenso nos seguintes quesitos: diagnóstico
somente com exame físico (73,3%), classificação de Quinnell modificada por Green (58,4%),
tratamento inicial não cirúrgico (91,4%), infiltração de corticoide com anestésico
(61,7%) tempo de tratamento não cirúrgico de 1 a 3 meses (52,3%), tratamento cirúrgico
pela via aberta (84,4%), principalmente via aberta transversa (51%), recidiva do engatilhamento
como principal complicação não cirúrgica (58%), e o sucesso da cirurgia aberta em > 90%
(63%), sendo a sua principal complicação as complicações cicatriciais (54%). Sem consenso
nas demais variáveis. De acordo com a experiência, foram observadas diferenças referentes
ao tempo de tratamento (p = 0.013) e a taxa de complicação da cirurgia aberta (p = 0.010).
Conclusões O ortopedista brasileiro tem preferência pelo diagnóstico do dedo em gatilho apenas
com exame físico, classifica segundo Quinnell modificado por Green, tratamento inicial
não cirúrgico, infiltrações com corticoide e anestésico local, tempo de tratamento
não cirúrgico de 1 a 3 meses, tratamento cirúrgico por via aberta transversa, principal
complicação não cirúrgica a recidiva do engatilhamento, e considera o sucesso da cirurgia
aberta em > 90% dos casos, tendo como principal complicação as complicações cicatriciais.
Palavras-chave
dedo em gatilho - questionário - estudos transversais - tenossinovite estenosante