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CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2020; 55(04): 455-462
DOI: 10.1055/s-0039-3402455
Artigos Originais
Ombro e Cotovelo

Avaliação clínica e radiográfica de pacientes operados pela técnica de Bristow-Latarjet com seguimento mínimo de 20 anos[*]

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1   Serviço de Ombro e Cotovelo, Instituto Ortopédico de Goiânia, Goiânia, GO, Brasil
,
Marcelo Carvalho Leite
1   Serviço de Ombro e Cotovelo, Instituto Ortopédico de Goiânia, Goiânia, GO, Brasil
,
Antônio Carlos Wall Borges
1   Serviço de Ombro e Cotovelo, Instituto Ortopédico de Goiânia, Goiânia, GO, Brasil
,
Gabriel Terra de Souza
1   Serviço de Ombro e Cotovelo, Instituto Ortopédico de Goiânia, Goiânia, GO, Brasil
,
Otaniel Figueiredo do Prado
1   Serviço de Ombro e Cotovelo, Instituto Ortopédico de Goiânia, Goiânia, GO, Brasil
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Resumo

Objetivo Verificar os resultados do procedimento cirúrgico de 27 pacientes operados, durante o período de 1990 a 1997, pela técnica de Bristow-Latarjet para tratamento da instabilidade traumática anterior do ombro, considerando as possíveis complicações, e, principalmente, o aparecimento de artropatia.

Métodos A avaliação clínica subjetiva foi realizada por meio de um questionário respondido pelos pacientes, e a avaliação objetiva foi feita mediante o escore de Rowe et al. A avaliação radiográfica foi realizada usando as incidências anterioposterior (verdadeira), para visualizar a presença de sinais de artrose do ombro, segundo a classificação de Samilson e Prieto, e oblíqua apical e de Bernageau e Patte, para verificar a consolidação do enxerto ósseo, o posicionamento do parafuso, do enxerto, e os sinais de soltura do material de síntese. Estas avaliações foram realizadas por dois examinadores em tempos diferentes, sem interferência entre eles.

Resultados Na avaliação subjetiva dos pacientes, 93% estavam totalmente recuperados, e, na avaliação objetiva, a média foi de 95 pontos na escala de Rowe et al. Não foram encontradas as complicações relativas à colocação do enxerto de coracoide. O grau de artropatia dos ombros, de acordo com a classificação de Samilson e Prieto, apresentou uma média de sete casos suaves, dois casos moderados, e um caso grave. No total, 17 pacientes não apresentaram artropatia.

Conclusão Entre a primeira e a segunda avaliações, não houve alteração quanto à eficácia da técnica de Bristow-Latarjet. A observação cuidadosa dos critérios da técnica foi fundamental para evitar complicações. A ocorrência de artropatia em longo prazo não foi relevante em nossa avaliação. Pelas evidências do presente estudo, somente o procedimento cirúrgico não é a causa do surgimento da artropatia, mas a falha na sua execução.

* Trabalho realizado no Centro de Estudos do Instituto Ortopédico de Goiânia, Goiânia, GO, Brasil.




Publication History

Received: 06 September 2018

Accepted: 12 March 2019

Article published online:
06 April 2020

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