Resumo
Objetivo Comparar as rotações medial e lateral dos ombros e as distâncias entre o processo
coracoide e a fossa cubital de indivíduos não atletas e de jogadores profissionais
de squash.
Método O estudo transversal foi realizado entre março e agosto de 2017. Não atletas do sexo
feminino e masculino (n = 628) foram selecionados no Serviço de Emergência Ortopédica da nossa instituição.
Os critérios de inclusão foram: idade entre 18 e 60 anos, ausência de deficiências
físicas ou cognitivas e ausência de dor nos membros superiores. Jogadores profissionais
de squash (n = 30) de várias nacionalidades foram selecionados em um evento realizado em nossa
cidade. Todos os atletas praticavam seu esporte em alto nível há > 10 anos e/ou 10.000
horas, e todos eram assintomáticos. Os dados demográficos e clínicos foram coletados
por entrevista, enquanto os exames físicos e de ombro foram realizados por um único
consultor ortopédico.
Resultados Em comparação com os não atletas, os jogadores profissionais de squash apresentaram
perdas médias significativas (p < 0,001) de 23°34' na rotação interna e significativos (p < 0,003) ganhos médios de 10°23' na rotação externa dos ombros dominantes. Houve diferença
significativa (p < 0,008) entre não atletas e atletas quanto à distância entre o processo coracoide
e a fossa cubital no braço dominante.
Conclusão A participação intensiva no squash provoca alterações adaptativas que dão origem
ao déficit de rotação interna glenoumeral, acompanhadas de significativo ganho de
rotação externa, e podem gerar alterações patogênicas no ombro.
Palavras-chave
amplitude de movimento - articulação do ombro - rotação