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CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2020; 55(01): 027-032
DOI: 10.1055/s-0039-1700821
Artigo Original
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Published by Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Estudo anatômico do túnel radial e suas implicações nas síndromes compressivas[*]

Article in several languages: português | English
1   Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Sorocaba, SP, Brasil
,
Luiz Angelo Vieira
1   Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Sorocaba, SP, Brasil
,
João José Sabongi Neto
2   Serviço de Cirurgia da Mão, Conjunto Hospitalar de Sorocaba, Sorocaba, SP, Brasil
,
Maurício Benedito Ferreira Caetano
2   Serviço de Cirurgia da Mão, Conjunto Hospitalar de Sorocaba, Sorocaba, SP, Brasil
,
Rodrigo Guerra Sabongi
3   Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
,
Yuri da Cunha Nakamichi
1   Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Sorocaba, SP, Brasil
› Author Affiliations
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Publication History

27 August 2018

08 January 2019

Publication Date:
19 December 2019 (online)

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Resumo

Objetivo O objetivo do presente estudo foi analisar as estruturas contidas no túnel radial que podem causar neuropatia compressiva do nervo interósseo posterior.

Métodos Foram dissecados 30 membros de 15 cadáveres adultos, preparados por injeção intra-arterial de uma solução de glicerina e formol a 10%. Todos do sexo masculino, pertencentes ao laboratório de anatomia desta instituição.

Resultados O ramo para o músculo supinador originou-se do nervo interósseo posterior em todos os membros. Identificamos a arcada de Frohse com uma constituição fibrosa bem desenvolvida em 22 dos 30 membros dissecados (73%) e de constituição muscular em 8 (23%) A margem distal do músculo supinador apresentou consistência fibrosa em 7 dos 30 membros (23,5%) e uma aparência muscular em 23 (76,5%). Na margem proximal do músculo extensor radial curto do carpo, identificamos a arcada fibrosa em 18 membros (60%); em 9 (30%), notamos a arcada de constituição muscular; e em três (10%) havia apenas a inserção radial, de maneira que não formava a arcada.

Conclusão A arcada de Frohse e a arcada formada pelas origens do músculo extensor radial curto do carpo são estruturas anatômicas normais em cadáveres adultos. No entanto, sob o ponto de vista clínico, essas estruturas têm potencial para causar a compressão do nervo interósseo posterior.

* Trabalho realizado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Sorocaba, SP, Brasil.