Open Access
CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2019; 54(04): 361-367
DOI: 10.1055/s-0039-1693045
Artigo de Revisão | Review Article
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Published by Thieme Revnter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

A tomografia computadorizada melhora a reprodutibilidade na classificação das fraturas transtrocanterianas?[]

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Murilo Alexandre
1   Grupo de Quadril, Departamento de ortopedia e Traumatologia, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), Irmandade Santa Casa de Misericórdia, São Paulo, SP, Brasil
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1   Grupo de Quadril, Departamento de ortopedia e Traumatologia, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), Irmandade Santa Casa de Misericórdia, São Paulo, SP, Brasil
2   Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Edio Cavassani Neto
1   Grupo de Quadril, Departamento de ortopedia e Traumatologia, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), Irmandade Santa Casa de Misericórdia, São Paulo, SP, Brasil
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Nayra Deise dos Anjos Rabelo
1   Grupo de Quadril, Departamento de ortopedia e Traumatologia, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), Irmandade Santa Casa de Misericórdia, São Paulo, SP, Brasil
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Marcelo Cavalheiro de Queiroz
1   Grupo de Quadril, Departamento de ortopedia e Traumatologia, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), Irmandade Santa Casa de Misericórdia, São Paulo, SP, Brasil
2   Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Walter Ricioli Junior
1   Grupo de Quadril, Departamento de ortopedia e Traumatologia, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), Irmandade Santa Casa de Misericórdia, São Paulo, SP, Brasil
2   Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Publication History

06 March 2018

30 October 2018

Publication Date:
20 August 2019 (online)

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Resumo

Com o envelhecimento populacional, houve um aumento significante da prevalência das fraturas do quadril, com alto índice de mortalidade, de sequelas, e alto custo. Compreender o perfil da fratura e classificá-la de forma correta é fundamental para definir o tratamento adequado. Diversas classificações radiográficas foram desenvolvidas para as fraturas transtrocanterianas, tais como as de Tronzo, de Evans-Jensen, de Boyd-Griffin e AO, porém sua reprodutibilidade nem sempr é satisfatória. O presente trabalho objetivou analisar se o acréscimo da tomografia computadorizada (TC)implica em maior reprodutibilidade do que a radiografia simples na classificação das fraturas transtrocanterianas e se esta é melhor para a identificação do traço de fratura. Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados PubMed, Lilacs, Scielo e Cochrane entre julho de 2016 e junho de 2017, limitada aos últimos 15 anos. Todos os trabalhos retrospectivos, prospectivos e revisões sistemáticas publicados na língua inglesa, com avaliação de homens e/ou de mulheres, foram considerados para a revisão. Foram excluídos relatos de casos, estudos que avaliaram de forma isolada a TC ou radiografias e estudos duplicados. A pesquisa apresentou 112 artigos, dos quais 5 preencheram os critérios propostos. A reprodutibilidade para a classificação das fraturas transtrocanterianas apresentou resultados variáveis e influenciados por fatores como o tipo de classificação, o uso da classificação simplificada ou completa, a especialidade do avaliador, a experiência e a metodologia proposta pelos trabalhos. Há indícios de que há algum benefício para o uso da TC, sobretudo para fraturas consideradas instáveis, porém sua utilização como ferramenta para garantir uma melhor reprodutibilidade (intra- e interobservador) ainda permanece controversa e carece de mais estudos.

Trabalho feito no Grupo de Quadril, Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.